Casa de Jorge Amado é aberta ao público

A partir de hoje, visitantes poderão conhecer sua coleção de caxixis, quadros de Carybé e até um prato de porcelana feito por Picasso

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Por Agencia Estado
Atualização:

A família do escritor Jorge Amado, que morreu há dois anos, decidiu abrir para visitação pública, a partir de hoje, a famosa Casa do Rio Vermelho, onde ele morou 40 anos com a mulher, a também escritora Zélia Gattai. O escritor faria 91 anos hoje e a idéia é comemorar no estilo baiano, recebendo os amigos com a porta da casa aberta. Grupos de 25 pessoas serão guiados na residência, situada na Rua Alagoinhas, Bairro do Rio Vermelho, na orla marítima de Salvador, para conhecer um pouco do universo do escritor brasileiro de maior sucesso no exterior. O projeto de abrir a Casa do Rio Vermelho ao público tem o apoio da Prefeitura de Salvador, do Hotel Pestana e da Fundação Casa de Jorge Amado. O acesso se dará por meio de convites distribuídos gratuitamente na fundação, cuja sede está localizada na Ladeira do Pelourinho. Picasso, caxixis e porcelanas - As pessoas poderão conhecer desde a coleção de caxixis e peças de porcelana do casal Amado-Zélia até a poltrona preta onde ele assistia à televisão e o local na mesa onde costumava redigir seus romances, segundo Zélia, "sem camisa, de peito aberto". Interessante também é a coleção de quadros da família, onde predominam as pinturas dos amigos Carybé e Carlos Bastos. Há também o prato de porcelana que Pablo Picasso fez especialmente para o casal, a coleção de esculturas de sapos - bichinho que era uma das obsessões do escritor -, de porquinhos, leões e corujas. Conforme Zélia, tudo está arrumado como na época em que Amado vivia na casa. No amplo quintal, protegido pelo orixá Exu, as pessoas passarão pelo banco de azulejos sob o pé de mangueira, onde estão as cinzas do escritor. O aniversário de nascimento dele também será marcado pelo lançamento do livro A Comida Baiana de Jorge Amado, escrito pela filha Paloma Amado.

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