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Casa Daros fechará as portas no Rio depois de dois anos em atividade

Casarão neoclássico de Botafogo tem dificuldades financeiras

Por Roberta Pennafort
Atualização:

RIO - Aberta há dois anos e desde então um dos centros culturais mais vibrantes do Rio, a Casa Daros terá sua programação encerrada em dezembro, por conta de dificuldades financeiras. Ainda não se sabe o futuro do casarão neoclássico de Botafogo, datado de 1866 e restaurado minuciosamente durante seis anos. Financiada pela fortuna da bilionária suíça Ruth Schmidheiny, a instituição, com sede em Zurique, possui a maior coleção de arte latinoamericana fora da América Latina: são 1.200 obras de mais de 117 artistas; no Rio, vem trabalhando pela divulgação da arte do continente, incluindo artistas contemporâneos brasileiros, como Cildo Meireles, Ernesto Neto Waltercio Caldas.

Ainda não se sabe o futuro do local Foto: Fabio Motta/Estadão

Nesta quarta-feira será feito anúncio oficial, pelo presidente do Conselho da Coleção Daros Latinamerica, Christian Verling, o diretor artístico da coleção, Hans-Michael Herzog, e o diretor da Casa Daros, Dominik Casanova. A intenção é cancelar a programação a partir do dia 13 de dezembro, depois de finda a exposição "Ficción y Fantasia - arte de Cuba", com 140 obras de 15 artistas do país (a abertura será em setembro). Oficialmente, a instituição não informa os motivos do cancelamento da programação, mas a falta de patrocínio é apontada como o fator principal. Hoje, a casa e todas as suas atividades, de exposição, arte e educação, são mantidas por Ruth Schmidheiny e pela bilheteria da casa (o ingresso custa R$ 14).

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