
12 de maio de 2010 | 09h43
A produção alternativa ganha mais espaço nesta 63ª edição do festival. A seleção oficial, do diretor artístico Thierry Frémaux, reduziu a participação dos EUA. Woody Allen e Oliver Stone, entre outros, vão animar sessões especiais, mas com poucos astros e estrelas de Hollywood participando da competição.
Para Thierry Frémaux, a seleção de 2010 reúne o que de mais importante foi oferecido, ou pôde ser garimpado, no mundo. França, Itália e Alemanha vão representar a Europa, Coreia e China, a produção asiática e a América Latina envia à Croisette uma de suas estrelas: o mexicano Alejandro González-Iñárritu, que mais uma vez concorre à Palma de Ouro, agora com "Biutiful".
Destaque
Em 1985, "O Beijo da Mulher Aranha", que Hector Babenco adaptou do romance de Manuel Puig, valeu a William Hurt o prêmio de melhor ator em Cannes. No ano seguinte, o ator recebeu o Oscar da Academia de Hollywood. "O Beijo" completa 25 anos e Cannes festeja a data exibindo a versão restaurada do cult de Babenco na mostra Cannes Classics. É o Eldorado dos cinéfilos. Só obras-primas restauradas. O festival promete a presença de Babenco e equipe na exibição do filme.
Presença Brasileira
Nenhum filme brasileiro vai disputar a Palma de Ouro, mas Cacá Diegues, além de jurado da Cinéfondation, veste-se de gala com a turma jovem de "Cinco Vezes Favela" (Agora Por Nós Mesmos), a nova versão do filme dos anos 1960, peça importante na deflagração do Cinema Novo. "Cinco Vezes Favela" ganha sessão especial. A Quinzena dos Realizadores possui a fama de ser a seção ''ousada'', pela experimentação da linguagem, de Cannes. É nela que Marina Melchiade e Felipe Bragança vão apresentar seu longa "A Alegria". Na Semana da Crítica, um curta brasileiro, "A Distração de Ivan", de Cavi Borges e Gustavo Melo, participa da competição. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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