?Candide? de Bernstein reestréia no Rio

A montagem assinada por Jorge Takla e Luis Gustavo Petri da ópera Candide, um dos mais importantes trabalhos de Bernstein, reestréia amanhã, no Teatro Municipal do Rio

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Por Agencia Estado
Atualização:

A montagem assinada por Jorge Takla e Luis Gustavo Petri da ópera Candide, um dos mais importantes trabalhos de Bernstein, reestréia amanhã(15) no Teatro Municipal do Rio. Com elenco nacional, que inclui Fernando Portari (Candide), Denise Tavares (Cunegunda), Sandro Christopher (Martin e Pangloss) e Regina Elena Mesquita (Velha Senhora), a produção utiliza a tradução do texto de Richard Wilbur e companhia feita por Cláudio Botelho, autor também da tradução de Vitor ou Vitória, entre outras peças. Escrita na década de 50, Candide é uma sátira que, na época, fazia uma crítica feroz ao totalitarismo, ao macarthismo e à perseguição de artistas e figuras públicas consideradas "comunistas" pelo Comitê de Atividades Antiamericanas, instituído pelo então presidente Eisenhower. Ao longo dos anos, a partitura de Candide sofreu tantas alterações, inclusões, exclusões, que parecia difícil aproximar-se do original, o que acabou sendo feito pelo próprio Bernstein em uma apresentação da obra feita em Londres, no fim da década de 80, e pelo regente inglês John Mauceri, importante divulgador da obra de Bernstein. A bem-humorada montagem carioca utiliza a versão do concerto realizado por Bernstein. Do mesmo modo, o diretor Jorge Takla resolve a complicada tarefa de montar uma ópera que, de um instante para o outro, tem sua ação transportada da Europa para a América do Sul, organizando uma espécie de concerto cênico, aprofundando a idéia colocada na apresentação londrina da peça. Uma boa e divertida opção para este fim de ano.

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