
19 de março de 2010 | 00h00
Uma das iniciativas inéditas na imprensa será a seção Musique. A cada dois meses, o jornal vai publicar a letra de um compositor famoso, nunca gravada, para que seja musicada pelos leitores. Os interessados gravarão suas composições e as enviarão para o portal do Estadão. A primeira, que será divulgada já na edição de amanhã, é de autoria de Arnaldo Antunes. Um grupo de jurados selecionará os melhores resultados e o próprio artista escolherá seu novo "parceiro". A canção escolhida será transmitida pela Rádio Eldorado e o encontro da dupla, exibido pela TV Estadão e em reportagem especial no novo C2+Música.
As páginas não deixarão de contar com as atuais seções e colunas já consolidadas no Caderno 2, como a Direto da Fonte, assinada por Sonia Racy, e o espaço reservado às crônicas de Marcelo Rubens Paiva e Maria Rita Kehl, que se revezam aos sábados. Haverá ainda espaço para outras áreas, para informar o leitor o que ocorre de importante em cinema, visuais, teatro, literatura e TV.
A nova coluna Ouvido Absoluto será revezada entre quatro nomes de referência: Claudia Assef fala sobre música eletrônica; Gilberto Mendes discorre sobre o erudito; Ney Lopes reflete o universo do samba e Roberto Muggiati conta histórias do jazz. Lúcio Ribeiro, especialista em rock e novidades da internet, assinará a coluna Passagem de Som.
O jornalista Roberto Gazzi, coordenador do projeto do Caderno 2+Música, fala sobre a relevância de se ter hoje um suplemento especializado. "Não sei se exagero, mas acho que a música sempre foi a mais universal e democrática das formas culturais. E ela parece ser a que mais ganhou espaço com todas as mudanças permitidas pelo mundo digital. As barreiras que haviam para a disseminação e consumo caíram ou estão mudando. Daí a necessidade de se ampliar a cobertura. E na dimensão que estamos pensando, acredito que seja um produto inédito na imprensa diária." Criar uma cobertura que satisfaça o leitor tradicional e seja atraente àquele habituado em consumir canções pela internet é, na opinião de Gazzi, menos um desafio e mais um bonde que passa. "Vejo como oportunidade. Hoje podemos acessar, escrever sobre e dar a oportunidade para o leitor de ouvir coisas impensáveis há poucos anos."
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