Bruno Morais e Lulina lançam projeto de compacto virtual

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Por AE
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A era do MP3 trouxe de volta uma prática que existia no mercado de música antes do advento do LP: o lançamento de músicas avulsas sem compromisso com o conceito de álbum. Como uma nova versão dos velhos 78RPM, que depois viraram compactos em 33RPM, os cantores e compositores Lulina e Bruno Morais lançam na quinta-feira o projeto Lado A Lado B, com show no Centro Cultural Rio Verde. Na ocasião vão apresentar duas canções inéditas de cada, além de tocarem outras de seu repertório e prováveis covers de duplas.Idealizado pelos produtores e músicos André Édipo e Missionário José, a proposta é voltada para a internet e vai estar disponível com conteúdo grátis a partir de quinta. No site www.jardelmusic.com/ladoaladob, o internauta vai poder não só ouvir as músicas como foram concebidas pelos autores, mas terá opções para baixar cada parte separadamente para criar remixes.Com uma música de cada lado, os compactos tanto serviam para os artistas lançarem canções que não cabiam ou não eram compatíveis com o conceito de seus álbuns, como promover conteúdo dos LPs. Eram também suportes para as gravadoras testarem artistas novos no mercado, entre outras funções. Com duas músicas, o lado A do compacto simples geralmente era mais comercial. Do lado B os artistas podiam experimentar mais. "A proposta é lançar mais músicas de outros artistas, bem nessa linha, o cara que está na entressafra entre um disco e outro, ou quer experimentar algo diferente", diz André Édipo. Para Lulina e Bruno, que já têm parcerias anteriores e não fazem exatamente música comercial, a proposta dos dois lados se mistura. Bruno lançou recentemente dois compactos simples em vinil e Lulina, que prepara o segundo álbum, fez de seu primeiro CD uma espécie de compilação de canções avulsas, embora tenha unidade. "Acho legal esse desprendimento, mas tenho uma tendência maior a conceituar. E mesmo nessas duas músicas soltas, que escolhi aleatoriamente para esse compacto, vejo sentido de complemento entre elas." Bruno ficou na dúvida de qual de suas duas canções seriam o lado A ou o B. "Achei que a doidona era que tinha de ser o lado A, porque era mais ou menos o que vinha fazendo nos compactos."A possibilidade de entregar ao público músicas "que não estão totalmente prontas" é para Lulina o grande lance do projeto. "Quer dizer, elas estão prontas na nossa visão, mas aí tem essa possibilidade de fazerem remixes. Isso me instigou bastante." De acordo com Lulina, Bruno acrescenta: "A proposta não é só excitante para quem quiser fazer o remix, mas para as pessoas saberem como é que aquilo é separadamente, cada instrumento num canal." O site vai ter canais para quem quiser opinar sobre as músicas e também enviar os remixes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.BRUNO MORAIS E LULINACentro Cultural Rio Verde (Rua Belmiro Braga, 119 - Pinheiros). Tel. (011) 3034-5703. Quinta, 21 h. R$ 5.

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