Brasileiros exibem filmes em Cannes

A versão restaurada de 'Cabra Marcado para Morrer' é uma das atrações desta terça-feira

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Por Luiz Carlos Merten - O Estado de S.Paulo
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Temos visto alguns bons filmes latinos - No, do chileno Pablo Larraín, com Gael García Bernal, é dos melhores. O Brasil, país homenageado, tem marcado presença. Ontem à tarde, Cannes Classics apresentou a versão restaurada de Xica da Silva, em presença de Cacá Diegues, que preside o júri da Caméra d'Or, a Palma do primeiro filme (para diretores estreantes). Cacá é o cineasta brasileiro que mais vezes esteve aqui em Cannes, participando de praticamente todas as seções do festival. Presidir o júri da Caméra d'Or é mais uma honraria que o evento lhe presta, neste ano em que põe o foco no Brasil. A festa brasileira - por assim, dizer - continua hoje com a versão restaurada de Cabra Marcado para Morrer, de Eduardo Coutinho, em presença do diretor. Na sequência, será projetado um filme de forte musicalidade - como Xica da Silva, que tem aquela trilha de Jorge Benjor. Como Cacá Diegues, Nelson Pereira dos Santos é um diretor com tradição aqui em Cannes. Vários de seus filmes integraram a competição e mostras paralelas e Nelson ganhou duas vezes o prêmio da crítica com suas adaptações de Graciliano Ramos - Vidas Secas e Memórias do Cárcere. Ele mostra logo mais A Música Segundo Tom Jobim. A sessão será na sala do 60ème, feita para comemorar os 60 anos do festival (este ano, são 65). Se fosse no sala principal, o Grand Théatre Lumière, seria preciso usar black-tie. Vestir-se de gala era o mínimo que o público do Festival de Cannes deveria fazer para Nelson (e Tom).

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