Brasil volta a receber concurso internacional de piano

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Por AE
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Por uma janelinha de vidro é possível ver os dedos ultravelozes da chinesa Wong Wai-Yin, de 17 anos, que toca uma peça de Chopin ao piano. A melodia se mistura ao som que sai de salas vizinhas da Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde jovens brasileiros, americanos, russos e de mais oito nacionalidades fazem os últimos ensaios para participar de uma competição que recoloca o Brasil no circuito internacional de concursos musicais.Com uma premiação de R$ 200 mil e um júri de renome mundial, o II Concurso Internacional de Piano começa hoje, no Rio, com uma dimensão que não é vista em eventos do gênero no País há mais de cinco décadas. No último, em 1957, o pianista Nelson Freire, então com 12 anos, arrebatou o presidente Juscelino Kubitschek e ganhou uma bolsa para estudar em Viena.Os 18 músicos que estão no Rio, com idades entre 17 e 30 anos, são alunos das melhores escolas de música e disputam um título que pode impulsionar suas carreiras. O benefício para o ensino de música no Brasil, no entanto, promete ser um dos maiores trunfos do evento.Além da presença de grandes profissionais, 20 pianos foram comprados com a verba do patrocínio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) exclusivamente para os competidores. Após o concurso, serão doados a escolas cariocas para incentivar a formação de novos artistas."Hoje, os músicos brasileiros acreditam que precisam sair do País para desenvolver suas habilidades. Para mudar isso, é importante criar uma estrutura e colocar os brasileiros na companhia dos melhores do mundo", afirma o pianista britânico Leslie Howard, que presidirá o júri. A competição deste ano homenageia a pianista Guiomar Novaes. Durante o evento, será lançado um disco inédito com peças de Beethoven, Chopin, Debussy e Villa-Lobos, executadas pela artista na inauguração do Queen Elizabeth Hall, em Londres, em 1967. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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