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BR-Distribuidora financia 160 projetos culturais

Empresa vai investir R$ 46,8 milhões durante 12 meses em sete festivais de cinema, 80 longas-metragens, pesquisa do acervo nacional, restauração de clássicos e formação de público

Por Agencia Estado
Atualização:

Sete festivais de cinema, financiamento de 80 longas-metragens, pesquisa do acervo nacional, restauração de clássicos (inclusive os da Cinédia) e formação de platéia, além de música popular e balé. Estas são as principais áreas dos 160 projetos que a BR-Distribuidora vai financiar nos próximos 12 meses. A empresa vai investir R$ 46,8 milhões, 23% a mais do que no ano anterior, por meio das leis federais de incentivo à cultura e fará parceria com a Petrobrás, da qual é subsidiária. "Juntas, as duas estatais vão investir R$ 100 milhões em cultura", adiantou a consultora da presidência da Petrobrás, Dulce Ângela Procópio. "Manteremos nossa verba de R$ 60 milhões e a BR aumentará seu investimento." O anúncio foi feito quarta-feira por Ângela e pelo presidente da BR, Júlio Bueno. "A escolha foi por concorrência pública, tal como na Petrobrás. Recebemos 800 propostas e selecionamos 160, 70% delas relativas a cinema. O teto para cada projeto é de R$ 1 milhão, mas os orçamentos podem ser negociados", disse Bueno. "É importante frisar que não fazemos mecenato. Só apostamos em projetos que tragam retorno financeiro ou de imagem para a empresa", acrescentou. Os novos projetos serão divulgados no próximo dia 23, mas já se sabe que haverá uma parceria com a Cinédia, estúdio fundado nos anos 30 por Ademar Gonzaga e que chegou a ser o maior do País. Hoje, seu acervo tem mais de 40 longas-metragens, entre eles os de Carmem Miranda no Brasil e os primeiros de Humberto Mauro. "Já restauramos Alô, Alô Carnaval e vamos escolher novos títulos", adiantou a assistente da presidência da BR, Elenora de Martino. "Só não sabemos quantos porque só se conhece o estado de um filme no laboratório. A restauração pode levar meses ou anos." Entre os projetos em andamento, estão os festivais do Rio, Gramado, Recife, Tiradentes, Espírito Santo, Brasília e a Mostra de São Paulo, todos levando o nome da empresa. E projetos como o Censo Cinematográfico, que localiza e recupera o acervo nacional, o do cine Odeon, do Rio, e o Cinema em Movimento, que leva filmes a várias capitais do País. Nas outras áreas, a BR patrocina ainda as companhias de dança de Deborah Colker, no Rio, e Cisne Negro, em São Paulo, o projeto Dançar para Não Dançar (que leva aulas de balé para sete favelas cariocas) e o Teatro Rival, no centro do Rio, onde os ingressos são subsidiados.

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