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BR-Distribuidora divulga lista de patrocínio na Internet

A estatal vai investir R$ 46,8 milhões, 23% a mais do que em 2001, em 156 projetos. Metade deles são produções de longas-metragens, mas há também música, artes, teatro, livros e dança

Por Agencia Estado
Atualização:

A partir desta semana, o site da BR-Distribuidora traz a lista das propostas aprovadas para receber seu patrocínio, em 2002 e 2003, através das leis federais de incentivo à cultura (Rouanet e do Audiovisual). A estatal vai investir R$ 46,8 milhões, 23% a mais que o gasto em 2001, em 156 projetos. Metade deles são produções de filmes de longa-metragem e dois terços do total são ligados à atividade cinematográfica (festivais e mostras itinerantes, restauração de filmes, etc). Os outros tratam de música popular brasileira (9 projetos), artes plásticas (12), peças de teatro (17) e livros (15) e dança (2). O mais interessante é que os beneficiados foram surpreendidos pela notícia. Boa parte deles ainda não sabe da aprovação de sua proposta. Era o caso da filha de Ademar Gonzaga Alice, que tenta há anos conseguir dinheiro para restaurar os quase 40 filmes que seu pai produziu para a Cinédia entre os anos 30 e 50. "Ainda não me comunicaram, mas fico feliz com a aprovação", disse ela, ao ser informada pela reportagem. "Vou ver que filmes têm mais urgência. Eles sabem que há retorno, pois Alô Alô Carnaval foi um sucesso no Cine BR-Odeon, ao meio-dia, no centro do Rio." As propostas selecionadas ainda serão discutidas pela direção da estatal. "É agora que começa a negociação de verdade. Escolhemos os projetos que nos interessam, que atendem às nossas finalidades e vamos reavaliá-los com os proponentes", explicou no início da semana a assessora da presidência da BR, Elenora Salin, que cuida da área de patrocínios. "Cada caso tem de ser examinado em separado e pode haver mudanças. A Cinédia é um exemplo. Não podemos precisar o número de títulos a ser restaurados nem o prazo de execução do projeto. Só dá para saber o estado do filme quando se vai para o laboratório. Qualquer previsão antecipada é leviana." Outra questão a ser discutida com os responsáveis pelos projetos é o alcance popular e social de cada um deles. Elenora explica que nos contratos a serem firmados, haverá cláusula exigindo que o preço do produto ou do ingresso a ser cobrado seja acessível e leve em conta que parte das despesas já estão cobertas pelo patrocínio. "Não faz sentido um disco, um show ou um espetáculo de teatro incentivado ter o mesmo preço de um sem patrocínio", explica ela. "Ou, então, eles terão de fazer sessões gratuitas ou doações. Ainda vamos estudar caso a caso." Com exceção dos 82 longas, cujo prazo de realização pode ultrapassar o ano que vem, todos os projetos devem acontecer até 2003 e alguns já estão em andamento. É o caso do patrocínio ao selo Rádio MEC, da emissora estatal que funciona no Rio e lança discos de música popular brasileira, aproveitando seus estúdios e equipamento. Já saíram CDs de Nelson Sargento, Wilson Moreira, Hermeto Pascoal, Daniela Spilman e Carlos Malta e estão previstos outros, como o sofisticado projeto de João de Aquino, que pretende registrar um grande baile onde tocarão os músicos que iniciaram carreira nessa atividade. Outros patrocínios dão continuidade a um trabalho consolidado, como Teatro Rival, que pertence à família da atriz Ângela Leal há mais de 70 anos. E há ainda os projetos que já estão em andamento, como a peça Laranja Mecânica ou a restauração dos filmes de Nelson Pereira dos Santos. A novidade desse patrocínio é a atuação conjunta com a Petrobras, da qual a BR é subsidiária. "Juntos, vamos investir R$ 100 milhões em cultura", adiantou a consultora da presidência da Petrobras, Dulce Ângela Procópio. "Manteremos nossa verba de R$ 60 milhões e a BR aumentará seu investimento." Veja a lista completa no site www.br-petrobras.com.br

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