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Björk Interativa

Biophilia, novo trabalho da cantora, é CD, videogame e coleção de animações

Por Roberto Nascimento
Atualização:

Crystalline

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, o novo single de Björk, é construído sobre um motivo de sinos que reluz como quartzo ou ametista pelo panorama sonoro. Embalado por uma batida de drum"n"bass, guiado pela inconfundível voz nórdica, seria mais um estimulante diálogo entre o pop e o erudito a brilhar na discografia da cantora, não fosse a forma com que é possível interagir com a música: compre o aplicativo de

Crystalline

por US$ 2 na loja do iTunes e viaje, via iPad ou iPhone, inclinando o aparelho para frente e para trás, por um labirinto de cavernas geométricas que representam a forma com que Björk enxerga a canção.

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Biophilia

, ambicioso projeto tecnológico a ser lançado pela cantora até o fim de setembro (duas de suas dez faixas já estão disponíveis). Trata-se de um disco, um videogame, uma coleção de animações gráficas, um apanhado de ensaios e aulas de musicologia. Novas possibilidades para trabalhar com imagem e som; o indicador de um novo caminho, a ser trilhado ou não, pela indústria fonográfica; um marco na carreira da artista.

"

Biophilia

é uma experiência sensorial, como a que tínhamos com o vinil, na época em que se ouviam discos na sala de estar, admirando o objeto em si, lendo o encarte", explica Scott Snibbe, diretor de design e programação do projeto, em entrevista ao

Estado

. "Também vai além isso. Há mais de um século, a relação entre o artista e o ouvinte é uma via de mão única: o artista grava e o ouvinte recebe. Anteriormente, a única forma de se relacionar com a música em casa era pela partitura. Pode parecer antiquado, mas isso nos dava uma liberdade muito grande. Podíamos tocar a música ao nosso modo, harmonizá-la com amigos, ouvi-la na pianola. Biophilia é uma volta a esse tipo de interação", completa.

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