Já faz dez anos que a Mercedes Benz que a transportava se chocou contra uma pilastra da ponte d?Alma, em Paris. Ainda assim, as notícias e celebrações em torno de seu nome continuam constantes. De aristocrata inglesa, Diana Spencer se tornou princesa da Inglaterra, depois símbolo de solidariedade por suas incursões em países do terceiro mundo. A cada dia, o mito parece crescer. Editora de revistas como Vanity Fair e New Yorker, a jornalista inglesa Tina Brown quis entender a trajetória que levou a moça loira de traços delicados a exercer tanto fascínio no mundo inteiro. E partiu em busca da reconstrução da vida de Lady Di. Uma pesquisa que contou com mais de 200 entrevistas, tentando abranger praticamente todas as pessoas que conviveram com a princesa, e que agora chega ao Brasil com o nome de "Diana: Crônicas Íntimas". A breve vida de um dos rostos mais fotografados do mundo, a Jackie Kennedy britânica, como a imprensa estrangeira a classificava, é reconstruída com detalhismo pela jornalista, a ponto de a obra ter sido classificada como a mais completa biografia da celebridade do século 20. Tina Brown se esforça para manter a imparcialidade da obra, dosando a faceta que fez da princesa uma das mulheres mais idolatradas do planeta com seus lados mais obscuros. Assim, ao passo em que descreve o amor incondicional que Diana tinha pelos filhos, a jornalista também revela sua relação com os amantes e seus desafetos. E da mesma forma como apresenta a adolescente sonhadora, que idealizava sua vida como nos romances baratos que lia, Tina mostra também como Diana quis usar a fama, manipulando a mídia a seu favor. Sim, a princesa que morreu fugindo de paparazzi tinha o hábito de telefonar para repórteres para informar onde estaria e com quem. Contradições que fazem de Diana um personagem inesgotável, não importa quanto tempo passe. As informações são do Jornal da Tarde.