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Big band de Duke Ellington conduz a uma viagem no tempo

Arranjos remetem ao maestro, compositor, arranjador e pianista Edward Kennedy "Duke" Ellington (1899-1974)

Por Jotabê Medeiros
Atualização:

São 16 músicos em cena, e uma rara precisão cronológica nas entradas, nos solos enxutos e velozes. Há bons sinais no Clube do Bolinha do jazz: havia ao menos uma mulher invadindo a Torre de Marfim do Duke, Jennifer Lynn Vincent, tocando o contrabaixo acústico. Fora isso, tudo permanece estrita e rigorosamente ligada aos pressupostos do maestro, compositor, arranjador e pianista Edward Kennedy "Duke" Ellington (1899-1974), que fundou seu primeiro grupo, The Duke's Serenaders, em 1917, há exatos 90 anos.   O conjunto tocou na quarta, 15, no Rio, e nesta sexta, 17, apresenta-se no Teatro Santa Izabel, no Recife (PE), às 21 horas, e no sábado é a vez de Aracaju (SE), no Teatro Tobias Barreto, também às 21 horas.   Quatro saxofones à frente lideravam o conjunto. Entre os trombones, o veterano Jack Jeffers, também bandleader. Entre os trompetistas, destaque para o jovem James Delano Zollar, cujo som pode ser ouvido no filme Kansas City, de Robert Altman, e no clipe My Baby Got a Secret, de Madonna. Também tocou na Lincoln Center Orquestra de Wynton Marsalis.     Ali pelo meio do show, o mestre de cerimônias anunciou então que a banda tocaria uma suite de Romeo & Juliet, Star-Crossed Lovers, e disse que, se a platéia tivesse mais tempo, tocariam a peça inteira. Nada teria dado mais prazer. É uma orquestra de um outro mundo.

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