Bienal do Rio terá Rushdie e Llosa

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Dois grandes nomes prometem atrair as atenções da próxima Bienal do Livro do Rio de Janeiro, que ocorre entre 15 e 25 de maio: o do indiano Salman Rushdie e o do peruano Mario Vargas Llosa. Rushdie vem para lançar no País seu romance Fúria (Companhia das Letras), em que faz uma crítica à indústria cultural invocando personagens da literatura como Pinóquio e Frankenstein. Vargas Llosa também vem promover um novo romance: O Paraíso na Outra Esquina (Arx), que deve ser lançado em espanhol em março e, em português, em maio. A Record planeja publicar em português, em 2003, o primeiro volume da autobiografia do colombiano Gabriel García Márquez, Viver para Contar. Entre as traduções, também se destacam uma nova versão de Os Demônios, de Dostoievski (ed. 34), ainda sem data, e a primeira edição em português de Os Invictos, de William Faulkner, em fevereiro. Bons lançamentos, normalmente fracos no começo do ano, já começam a ocorrer. Ainda em janeiro, a editora Bem-Te-Vi lança livro com a correspondência de Mário de Andrade e Carlos Drummond de Andrade, Carlos & Mário. Muitas obras de pensadores de esquerda também chegam ao mercado, impulsionadas pelo Fórum Social Mundial, que ocorre em Porto Alegre, de 23 a 28 de janeiro. Entre os destaques, estão obras do português Boaventura de Souza Santos (Reconhecer para Libertar: Os Caminhos do Cosmopolitismo Multicultural, Record) do húngaro István Mészaros (O Século 21 - Socialismo ou Barbárie?, Boitempo) e do palestino Edward Said (Cultura e Política, Boitempo). No campo da política, o ano promete um lançamento que vai, certamente, causar polêmica. A Arte da Política, de Fernando Henrique Cardoso (Record), ainda sem data de lançamento deve tratar de sua passagem pela Presidência. Também estão previstos novos volumes da história de Elio Gaspari do regime militar brasileiro (Companhia das Letras). Entre as universitárias, a editora da Unesp deve lançar um interessante balanço da influência das idéias dos portugueses exilados no Brasil pelo regime salazarista, e a Editora da UnB, uma série de obras do sociólogo alemão Max Weber.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.