Bienal do Rio agenda mais de 150 eventos

Os mais concorridos são os cafés literários, que permite um contato mais próximo entre autor e leitor. Verissimo, Zélia Gattai, Ziraldo e Millôr são alguns dos participantes

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Por Agencia Estado
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Música popular brasileira, ciência e fama são os temas incluídos nos encontros entre leitores e autores nesta 11.ª Bienal do Livro. São mais de 150 eventos, entre a palestra inicial do ministro da Educação, Cristóvam Buarque, às 15 horas da quinta-feira, e a última conferência, apropriadamente intitulada Meditação e Relaxamento (com Pedro Tornaghi), às 19 horas do dia 25. No miolo, vai se falar também de história, astronomia, violência urbana, auto-ajuda e, é claro, de literatura de ficção, que congrega o maior número de autores. O café literário é a estrela dos eventos. Nele, o leitor trava um contato mais próximo com o autor, conversa sobre seu processo de trabalho e sobre as dúvidas e curiosidades que a atividade de escrever desperta no público. Este ano, há duas novas modalidades. Em Família Literária, vão se reunir na mesma mesa pais e filhos: Luis Fernando e Pedro Verissimo, Zélia Gattai e Paloma Amado, Ziraldo e Daniela Thomas e os jornalistas Vilas-Boas Corrêa e Marcos Sá Corrêa. Já Amigos para Sempre é uma homenagem de estrelas vivas a outras que já se foram. Millôr Fernandes falará sobre Sérgio Porto, o Stanislaw Ponte Preta; Armando Nogueira lembrará Otto Lara Rezende e Antônio Olinto, seu colega de ABL, Jorge Amado. Devido ao sucesso, a corrida pelas senhas nos cafés literários é intensa e muita gente fica do lado de fora. É um problema sem solução, segundo o editor Roberto Feith, diretor do Snel, que supervisiona a programação cultural. "O charme do café literário é a proximidade com o autor, a intimidade que se cria. Se o número de participantes cresce, essa característica se perde", justifica-se. "Mas há outras formas de estar com o escritor, como palestras, debates e mesas-redondas." Encontros - Paulo Lins (autor do livro Cidade de Deus, que deu origem ao filme) e o repórter policial Percival de Souza discorrerão sobre a vida na favela (no dia 17); Cristóvam Buarque, Alberto Costa e Silva, Eduardo Bueno e Joel Rufino debaterão raça e escravidão (dia 23), e Ana Miranda e Letícia Wierzchowski (autora do romance A Casa das Sete Mulheres) conversarão sobre o romance histórico (dia 24). Haverá ainda homenagens a Pedro Nava (cujo centenário se completa este ano) e a Lygia Fagundes Telles (cujo romance As Meninas faz 30 anos). Há ainda eventos para alunos da escola fundamental (que formam 40% do público da Bienal), adolescentes e professores, além de um encontro nacional de secretários de Cultura do Estado, no dia 16.

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