Bienal do Livro, um lugar de encontros de livros e autores

Um mundo de livros espera pelo público no Anhembi, mas também muitas discussões e encontros entre escritores

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Por Agencia Estado
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Um mundo de livros é o que espera o leitor que resolver visitar a 19.ª Bienal Internacional de Livros de São Paulo, que funciona das 10 às 22 horas, agora instalada no Pavilhão de Exposições do Anhembi e pronta para receber um público de 800 mil pessoas, sendo 180 mil crianças de 860 escolas. Quem pretende garimpar os 210 mil títulos em exposição e 1,5 milhão de livros pode aproveitar a calma dos dias de semana antes das 14 horas, quando começa o movimento da visita das escolas. Mas quem prefere o burburinho, os fins de semana são garantidos, com 3 mil lançamentos e 320 expositores em área de 57.600 metros quadrados. Entre as promoções a do livro do dia, em que os editores podem oferecer até cinco livros com 30% de desconto parece a melhor. Entre as preciosidades, o leitor vai encontrar edições comemorativas de Dom Quixote, de Cervantes, os 50 anos de Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa, que ganha edição especial da editora Nova Fronteira, o centenário de Mário Quintana, a chegada em domínio público da obra do escritor português Fernando Pessoa, que ganha novas edições. As editoras investem pesado em novos lançamentos. A Record lança 60 títulos, entre eles o novo romance do best seller Scott Turow Heróis Comuns, inspirado na história de seu pai durante a 2.ª Guerra Mundial e A Volta do Poderoso Chefão, de Mark Winegardner, continuação da grande saga do crime. A Rocco vem com o novo romance de Nick Horny (Alta Fidelidade), Uma Longa Queda, sobre quatro pessoas que têm em comum a vontade de morrer. Mantendo a linha dark, a Geração Editorial Lança Contos Cruéis, uma antologia com as narrativas mais violentas da literatura contemporânea brasileira, de autores como Rubem Fonseca, Marçal Aquino e Caio Fernando Abreu, entre outros. Mudando o tom, ainda no gênero contos, a Companhia das Letras lança 49 contos de Tennessee Williams. Músicos e cineastas estréiam na literatura nesta bienal. O astro do rock inglês Sting é o autor de Fora do Tom, um livro de memórias de sua infância, influências musicais e namoradas. Trabalhos de Amor Perdidos (Objetiva), é o romance de estréia do cineasta Jorge Furtado, diretor de O Homem que Copiava, uma adaptação moderna e original da peça homônima de Shakespeare. Os cineastas estão no foco da coleção Aplauso da Imprensa Oficial, que traz textos dos críticos Edmar Pereira (Jornal da Tarde) e Jairo Ferreira (Folha de S. Paulo), entre outros. Entre as muitas biografias destacam-se Capote, de Gerald Clark, que a editora Globo relança para acompanhar o sucesso da cinebiografia que deu a Philip Seymour Hoffman o Oscar de melhor ator, ou Minhas duas Estrelas: uma vida com meus pais Dalva de Oliveira e Herivelto Martins, do cantor Pery Ribeiro. Ou ainda títulos divertidos que traz a editora Melhoramentos, como 100 Coisas para Fazer (Antes de Morrer), de Michael Ogden e Chris Day e O Que As Mulheres Querem, de Susan Maushart. Confira os outros programas da Bienal: Salão de idéias Além desta montanha de livros há uma intensa programação de debates e encontros entre escritores e intelectuais. Um dos mais disputados é o Salão de Idéias. Para assistir é preciso retirar o ingresso gratuito com até duas horas de antecedência. Por lá passarão autores estrangeiros e brasileiros. Lá estarão Ferreira Gullar, discutindo poesia, a romancista espanhola Rosa Montero conversando com Fernanda Young, Lygia Fagundes Telles, Danuza Leão, Lya Luft, o francês Patrick Charadeau debatendo a mídia com especialistas brasileiros, o filósofo argentino Santiago Kovadloff, o psiquiatra Içami Tiba, os biógrafos Fernando Morais e Ruy Castro, os jornalistas William Waack e Paulo Markun debatendo temas políticos, entre muitos outros. Espaço Literário Visa O Espaço Literário Visa terá dois debates por dia, sob o comando do crítico literário Manuel da Costa Pinto, colunista da Folha de S. Paulo, e pelo jornalista Alexandre Agapiti Fernandez. Serão duas sessões por dia, gratuitas. No programa serão discutidos desde clássicos da literatura como Fernando Pessoa, Dante Alighieri, Cervantes, até o cinema de Laís Bodanski (Bicho de Sete Cabeças), a literatura urbana de Marçal Aquino, entre outros. Espaço Universitário O Espaço Universitário volta a promover ciclos de palestras reunindo várias áreas do mundo acadêmico: letras, marketing, economia, administração, história, jornalismo, gastronomia, em auditório para 200 pessoas. As entradas devem ser adquiridas uma hora antes do evento, por R$ 10. Um dos destaques será a palestra da historiadora Mary Del Priore falando sobre O amor no Brasil - Imaginário e práticas, ou a história do restaurante, da gastronomia e do vinho, por Josimar Melo falando de gastronomia. Ou o futuro do jornal impresso, reunindo um jornalista do Estado, Daniel Piza, e outro da Folha, João Batista Natali Jr. Sala de Chat Sala de Chat. Os debates ganham a internet, na sala de chat que acontece no portal da Bienal do Livro de São Paulo, com bate-papos que podem durar de 30 a 60 minutos, sob temas como futebol, fotografia, poesia, gastronomia, entre outros. Participam dos chats nomes dos mais variados, como o jornalista Maurício Kubrusly, que vai falar do seu livro Me Leva Brasil, baseado nas reportagens exibidas no quadro homônimo do Fantástico, e Paulo Markun, apresentador do programa Roda Viva, da Cultura. Neste sábado, Liliane Prata bate-papo com as garotas que lêem a revista Capricho, às 18h e Rita Lobo conversa sobre gastronomia às 19h; no domingo, Mirna Pinsky ensina como escrever histórias às 10h e Rafael Righini explica como se faz uma trilha sonora de novelas no Brasil, às 19h.

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