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Bienal do Livro de São Paulo muda para sobreviver

Feira investirá R$ 1,3 mi na programação cultural: Salão de Ideias e Espaços Literário e Universitário

Foto do author Ubiratan Brasil
Por Ubiratan Brasil e de O Estado de S. Paul
Atualização:

Depois de uma edição que desagradou à maioria no ano passado, a Bienal Internacional do Livro de São Paulo de 2010 promete ser mais atraente para público, expositores e autores. Foi o que garantiram os organizadores, em um evento ocorrido na manhã desta quarta, 30, e que reuniu representantes das editoras. "Desde o início do ano, estamos repensando o formato da bienal", comentou Rosely Boschini, presidente da Câmara Brasileira do Livro, organizadora do evento. "Desta vez, vamos focar mais no público adolescente, além de continuar investindo nas crianças."

 

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Prevista para o período entre 12 e 22 de agosto de 2010, a 21ª Bienal do Livro receberá um investimento de R$ 1,3 milhão apenas para a programação cultural. Segundo Rosely, os convites para autores estrangeiros já foram feitos, especialmente para as atrações que promovem debates com o público, como o Salão de Ideias, o Espaço Literário e o Espaço Universitário. "Mas a maior preocupação é garantir a atenção do jovem, que é o público mais difícil de captar atenção."

 

As comparações eram evitadas, mas o sucesso da Bienal do Rio de Janeiro, que terminou há dez dias, era uma referência necessária - com um saldo positivo nas vendas nos estandes, além de uma satisfação comprovada do público em relação à programação, o evento carioca demonstrou que o formato de grande feira ainda sobrevive. Por conta disso, a CBL firmou acordo com a Reed Exhibitions Alcantara Machado, empresa experiente na organização de eventos pelo mundo.

 

"Uma das nossas primeiras medidas foi promover reformas no espaço do Anhembi, onde ocorre a bienal", informou Paulo Rezende Neto, da Reed Exhibitions. "Assim, o piso foi trocado e já foi iniciada a reforma de todos os banheiros."

 

Os organizadores prometem também reformulação nas áreas de alimentação, além de uma tentativa de redução de preço do estacionamento (hoje fixado em R$ 25). "Estamos em entendimentos com a Prefeitura para um novo acordo."

 

E os exibidores receberam uma boa notícia ontem: o preço do metro quadrado dos estandes foi reduzido em cerca de 3% em relação ao ano passado. Um respiro para as editoras, já acostumadas a contabilizar prejuízos na bienal.

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