Bienal do Livro abre sua maratona da leitura

Lula participa hoje da inauguração da 18.ª edição da Bienal do Livro de São Paulo, com uma oferta de 150 mil títulos e 2 mil lançamentos »Conheça os números da Bienal»Saiba como chegar

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Por Agencia Estado
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Começa hoje a 18.ª edição da Bienal do Livro de São Paulo, no Centro de Exposições Imigrantes, que vai até o dia 25. Numa área de 45 mil metros quadrados, o público terá uma oferta de 150 mil títulos, 2 mil lançamentos e 330 sessões de autógrafos. Na cerimônia de abertura, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que a melhora da educação no País e do estímulo à leitura depende principalmente de ações governamentais. "A bola não está com ninguém, está conosco. Portanto, nós não temos que reclam ar, não temos que pedir, temos que fazer", afirmou (leia mais). Nesta edição, a aposta da Bienal está nos autores nacionais, responsáveis por 80% dos livros editados anualmente no Brasil. Esta Bienal também traz um desafio, ampliar o mercado editorial brasileiro. De acordo com pesquisas, apenas 10% da população comprou ao menos um livro no último ano. Para mudar o cenário as editoras querem incentivar a leitura entre crianças e adolescentes e valorizar o autor nacional. O Salão de Idéias é um bom momento para conhecer e trocar idéias com os escritores brasileiros. Esse é um espaço para reflexão, explicações e críticas. Por lá passarão cerca de 100 autores, em quatro ou cinco sessões diárias. Amanhã, Lygia Bojunga, que recentemente ganhou o prêmio Astrid Lindgren Memorial Award, abre o espaço, às 11 horas, com a palestra inaugural "Livro É Vida". Às 15 horas, sob o título de Com Licença Poética, Adélia Prado conversa com o público. Já o Café Paulicéia entra no embalo das homenagens aos 450 anos de São Paulo para promover debates sobre a formação cultural e a histórica da cidade. Os participantes são figuras notórias no cenário cultural e debaterão sobre suas áreas específicas. Amanhã o poeta Mario Chamie trata da poesia e práxis, às 15h30, e a partir das 19h30 é a vez de Ferréz dar voz à periferia. Sábado, o músico Tom Zé discute o tropicalismo em Sampa e Marcelino Freire e Nelson de Oliveira avaliam a nova prosa urbana. Como em edições anteriores, não faltarão atividades para a diversão das crianças. Além de contadores de histórias, autógrafos e shows, a garotada poderá conhecer um pouco mais sobre a vida dos imigrantes e migrantes que ajudaram a construir São Paulo. Através de uma porta no formato de um livro gigante, instalado em uma área de 240 metros quadrados, meninos e meninas poderão conhecer um pouco da cultura desses povos.

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