Bienal de Havana: artistas fazem arte nas ruas

Um dos 16 artists cubanos da Bienal, Rigoberto Mena expõe no meio da rua Empedrado

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Por Agencia Estado
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A capital cubana se transformou em uma grande galeria de arte com a abertura da 9.ª Bienal de Havana, que tem como um de seus objetivos ocupar as ruas onde os artistas expõem, ao ar livre, suas obras. A idéia central do evento é captar a dinâmica da cultura urbana. Uma pequena praça a oeste de Havana foi transformada pelo artista cubano Alejandro Ulloa. O artista criou um navio como parte de sua exposição na Bienal, e chamou a obra, que simula uma embarcação de carga, de La Barriada. Com o auxílio de Ulloa, uma das paredes de um pequeno edifício de três andares foi pintada por artistas amadores de tons vivos de azul e vermelho, e atraem as pessoas que passam pelas ruas 60 e 33. "Isso foi magnífico, especialmente porque nós fizemos isso sozinhos", conta o eletricista Jesús Guerra, de 44 anos, ao falar de sua primeira obra de arte. Jesús explicou que ele e seus vizinhos trabalharam por três meses com Ulloa, e coletaram os materiais para tornar realidade o sonho de realizar uma obra própria. Rigoberto Mena Santana é um dos 16 artistas cubanos que participa da Bienal. Ele exibe uma mostra singular abstrata intitulada Convivência, no meio da rua Empedrado. Mena recorreu a diferentes técnicas para compor sua exposição, tais como pintura sobre metal e fotografia, com o propósito de provocar reflexões sobre a vida. O artista disse, em entrevista publicada no jornal local Trabajadores que vai mostrar obras relacionadas às correntes vanguardistas do começo do milênio. Mena contrasta em suas obras fotografias com fragmentos de materiais recolhidos do asfalto de Berlim. A 9.ª Bienal de Havana começou na segunda e estará aberta durante um mês. Mais de 230 artistas de 52 países participam do evento.

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