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Bienal de Artes Plásticas de Havana aposta na diversidade

Os organizadores convidaram artistas plásticos de cinco continentes que levarão à mostra pinturas, gravuras, fotografias, entre outras formas de expressão

Por Agencia Estado
Atualização:

Uma diversidade de propostas, expressões e estilos contemporâneos poderá ser encontrada na IX Bienal de Artes Plásticas de Havana, que abre suas portas nesta segunda-feira com a presença de artistas de 52 países. A mostra será distribuída não só por galerias, museus e salas de exposições, mas também pelas ruas de diferentes bairros da capital cubana, de forma a apresentar seu tema principal: "Dinâmicas de Cultura Urbana". Os organizadores convidaram mais de 230 artistas plásticos das Américas, África, Ásia, Europa e Oceania, que levarão à mostra pinturas, gravuras, desenhos, fotografias e vídeo-projeções, entre outras formas de expressão. Essas obras serão incluídas em 93 projetos artísticos e mostras individuais de um grande número de artistas cubanos e participantes estrangeiros. Entre os expositores visitantes, está o fotógrafo americano Spencer Tunick, famoso por suas instantâneas de paisagens humanas, em que se empenha em contrastar milhares de corpos nus com os espaços públicos urbanos. O diretor espanhol Carlos Saura também exporá suas fotos no Centro de Arte Contemporâneo Wilfredo Lam, uma das instituições culturais que sediam a Bienal. O arquiteto francês Jean Nouvel, a iraniana-americana Shirin Neshat, o projeto de artistas mexicanos e alemães Agua-Wasser, o grupo alemão Black Hole Factory, o espanhol Antoni Miralda, o brasileiro Eduardo Srur e o canadense Mario Duchesneau estão entre os participantes. Mostras paralelas Várias mostras paralelas já abriram suas portas, antes da inauguração oficial da Bienal, entre elas a do artista italiano Claudio Parmiggiani no Museu Nacional de Belas Artes. O pintor cubano Arturo Montoto apresentou uma mostra de cidade concebida para os cegos, aos quais oferece uma leitura em código braille em que chama a atenção para espaços urbanos onde há objetos e obstáculos desconhecidos para esse tipo de deficientes. Neste sábado, foi inaugurada a mostra de gravura Marcas múltiplas 1996-2006, um espaço expositivo instalado no antigo convento de São Francisco de Assis, que celebra sua 10º edição com a participação de 57 artistas da ilha. A Bienal de Havana, que será encerrada no dia 27 de abril, terá como sedes principais a fortaleza colonial San Carlos de La Cabaña, o Pavilhão Cuba, a galeria da Biblioteca Nacional "José Martí" e a galeria "La Casona". Entre outras atrações, está prevista a apresentação do "Museu Pedestre", que consiste na instalação de um museu "ambulante" formado pelos objetos e pertences que os pedestres doam aos artistas, uma ação plástica que sai do tradicional recinto da arte. Completando as exposições e projetos itinerantes, o programa propõe várias oficinas, uma delas dedicada ao vestuário, que o abordará a partir do uso de materiais e recursos não convencionais, e também explorará as capacidades expressivas potencializadas pela "visualização híbrida" contemporânea. Também será desenvolvido o Fórum "Idéia 2006", que coloca como núcleos temáticos de discussão as relações entre a arte, a cidade e seus componentes. Os debates terão como temas principais a cultura e construção do visual em suas dinâmicas urbanas, além dos mecanismos históricos, sociológicos e críticos.

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