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Biblioteca Nacional expõe tesouros

São 350 documentos em papel que se referem ao Brasil desde o descobrimento até hoje. Entre eles, o manuscrito da Lei Áurea, da própria princesa Isabel, que nunca foi mostrado ao público

Por Agencia Estado
Atualização:

Em todos os livros, mostras, vídeos e CD-ROMs comemorativos dos 500 anos do Brasil, boa parte da iconografia foi fornecida pela Biblioteca Nacional. Esse acervo tem sido visto separadamente, mas será reunido numa exposição a partir de amanhã. São 350 documentos em papel, metade da coleção disponível, que só não será mostrada inteira por falta de espaço. "Este tipo de documento, que se refere ao Brasil desde o descobrimento até hoje, se chama brasiliana", diz o curador da mostra, Paulo Roberto Pereira. "A Biblioteca Nacional tem uma das maiores coleções do mundo." A mostra foi organizada em módulos cronológicos cobrindo desde o descobrimento até o século 20. Há documentos históricos, como o manuscrito da Lei Áurea, da própria princesa Isabel, que nunca foi mostrado ao público, e o manuscrito do Hino Nacional Brasileiro, que tem letra de Osório Duque Estrada. Há também as primeiras edições de livros fundamentais da nossa historiografia como Duas Viagens, de Hans Staden, de 1557; Cultura e Opulência do Brasil, do padre André João Antonil, de 1711; Gramática da Língua Portuguesa, de José de Anchieta; e até Tristes Trópicos, de Claude Levy-Strauss. "Não há, na Biblioteca Nacional, uma coleção Brasiliana pois os documentos estão distribuídos em acervos diferentes. A idéia de reuni-los num livro resultou nessa exposição", explica o designer Vitor Burton, responsável pela montagem da mostra. "Na abertura, será lançado o catálogo com os documentos expostos e, em março, o livro, com o acervo sobre o Brasil completo." Esse acervo vem sendo acumulado praticamente desde o descobrimento do Brasil e chegou aqui com d. João VI, que fundou a instituição há 190 anos. Nesse período, a coleção cresceu a partir de doações e aquisições. Para esta mostra, todo o acervo passou por uma vistoria, que começou no início do ano e só termina agora. Apesar de haver algumas obras de arte, como gravuras de Rugendas e Debret, todo o acervo terá tratamento de documento histórico. "Nossa intenção é mostrar a importância histórica desse acervo, muito mais que seu valor artístico, que também não é pequeno."

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