29 de outubro de 2010 | 10h35
O título original da produção, "The Town" (a cidade), prepara o espectador para o universo em que o diretor se aventura. A inspiração vem dos gângsteres dos anos 30 para visitar uma cidadezinha vizinha a Boston, Charlestown, famosa nos noticiários pelos numerosos roubos a banco. As quadrilhas, especializadas nesse tipo de crime, agem com exímia habilidade, disfarces teatrais e armamento reforçado. À frente de uma dessas gangues está Doug McRay, vivido justamente por Affleck. Mesmo aqui, o personagem parece pender do posto de vilão para o de um mocinho, a quem a vida não deu escolhas, tamanho o poder de encantamento da cara de bom moço de Affleck. Posto isso de lado, a quadrilha arma outra de suas roubalheiras.
Numa ação impensada, seu integrante mais violento e irracional - interpretado por um vibrante Jeremy Renner (do ganhador do Oscar "Guerra ao Terror") - carrega a gerente do banco (Rebeca Hall) como refém. Cria-se uma situação nova aos bandidos. Depois de liberá-la na beira da estrada, o receio de que a moça possa identificá-los à polícia requer um novo estratagema. McRay decide segui-la nos dias seguintes e o desenrolar dessa trama aí já se torna previsível.
Vulnerável após a experiência traumática, Claire, a gerente, atrai a compaixão do criminoso, que arrisca a pele para se aproximar dela. Os dois, apesar de serem de mundos tão díspares, logo se apaixonam - claro, ele com a real identidade escondida da moça. Outra atuação que merece menção é a da estonteante Blake Lively, famosa pela série de TV Gossip Girl, que dá vida a uma prostituta, mãe solteira e viciada que se apega, em vão, ao protagonista para formar a família que nunca teve. As informações são do Jornal da Tarde.
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