30 de outubro de 2010 | 00h00
Aqui ele deixa de lado o violão que toca em Diminuto e mete a mão no couro. É tudo mais encorpado, enfático, exacerbado. Misturando batucada e eletrônica, candomblé e música de rua, afrobeat, batidas de matriz árabe e música de pista, é receita para gringo cair de quatro.
Ao longo dos anos, Brown naturalmente veio se aprimorando nessa questão orgânico-eletrônico, e faz inovações com pé na cozinha brasileira e influências externas. A presença de Carl Golembeski, técnico de som de Beyoncé, portanto, como ele diz, seria meramente casual. A personalidade de Brown como percussionista de mão cheia prevalece. A faixa mais interessante é Bahioka Funk, que, como sugere o título, mistura Bahia e funk carioca. Com um bom remix, o batidão deve enlouquecer os ravers em Ibiza, como já aconteceu com Maria Caipirinha e Magalenha. Faixas como Tastatá (espécie de house axé) e outras com letras em inglês também têm grande apelo internacional. O ritmo e a diversão falam mais alto do que qualquer sutileza melódica.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.