Banda Warpaint lança álbum 'The Foal' no Brasil

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Por AE
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Este ano já se aproxima do fim e o quarteto de garotas californianas Warpaint pode dizer que cumpriu o que lhe foi incumbido. Selecionadas pela BBC no fim de 2010 como uma das 15 bandas a se ouvir no ano seguinte, ao lado de The Vaccines, Anna Calvi e James Blake, o grupo fez jus a toda a expectativa colocada sobre elas, com performances arrasadoras por onde passaram.Apesar dos quase oito anos de existência, o Warpaint só tem um disco lançado. "The Foal" saiu no exterior em outubro do ano passado e agora promete chacoalhar o mercado nacional, chegando por aqui por meio do selo indie carioca Lab 344. Na última quinta-feira, as meninas se apresentaram no Beco 203, casa de shows indies na Rua Augusta, em São Paulo, na terceira edição da festa Mixtape Multishow - que se mostrou antenada, ao trazer, neste ano, o eletropop australiano do Miami Horror e o pop espacial do americano Darwin Deez. Após a temporada de festivais europeus, terminada em setembro, a banda só colheu boas resenhas. "Acho que, no começo, chegávamos um pouco tímidas no palco. Mas não tínhamos nada para esconder", explica a vocalista e guitarrista Emily Kokal, duas horas antes do show de quinta-feira, trocando a franja longa de um lado para o outro e exibindo um bom metro de perna. "Foi uma progressão natural. Ficamos mais confortáveis. Começamos a nos divertir. O que pode ser melhor do que tocar música com as suas melhores amigas?", diz ela. Ao vivo, o som de Emily, Theresa Wayman (guitarra e voz), Jenny Lee Lindberg (baixo voz) e Stella Mozgawa (bateria) é mais pulsante e energético. O Warpaint produz um pop sombrio, como dos anos 90, às vezes, claustrofóbico em meio a tanta psicodelia. Algumas críticas apontam erroneamente para um dream pop ou para o shoegaze (gênero que tira seu nome de "olhar para o sapato", de tanto que os músicos pisam nos pedais de distorção). Mas é leviano: o som delas é mais do que isso. A música do quarteto californiano envolve um art rock performático, com alguns toques de bem-vinda psicodelia. "Não consigo pensar em quem são as nossas influências", diz Emily. "Cada uma de nós gostou de alguma coisa na sua vida. Eu me lembro, por exemplo, que comecei a curtir pop com War, do U2 (de 1983). Mas isso não dá para encontrar no nosso som. Só se percebe as influências de quem faz isso propositalmente. Mas é possível sentir o cheiro de farsa." De fato, autenticidade não falta a estas quatro garotas, que de meigas não têm nada. As informações são do Jornal da Tarde.

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