
20 de dezembro de 2010 | 11h03
Pesou uma espécie de influência às avessas. Afinal, música era o trabalho de seu pai. "Ele nasceu para ser aquilo. Eu não me sentia capaz", diz. Bem seguiu adiante em seus estudos e foi aprovado em geografia na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Mas a música continuou ali, de alguma maneira, sempre presente. Foi justamente no meio do curso que ele percebeu que não podia mais renegar o que realmente lhe importava. Largou a geografia e partiu para a música.
Passou do violão à guitarra por causa de uma situação inusitada: participou do filme "1972" (lançado em 2006), no qual fazia o papel de um guitarrista, quando ainda não tinha a mínima intimidade com o instrumento. Há 3 anos, começou a acompanhar Gilberto Gil em suas turnês, como o segundo guitarrista da banda do pai.
No ano passado, o rapaz passou a investir na própria banda, batizada de Tono. O grupo estreou com o CD "To no Auge", já experimentando misturas sonoras de rock, bossa, samba e MPB. Aquele primeiro trabalho ganha, agora, desdobramento, com o segundo disco, "Tono", que reúne 11 músicas inéditas (e autorais dos integrantes da banda carioca), além da regravação de "Nega Música", composição de autoria de um paulista, Itamar Assumpção.
Atualmente, Bem acompanha Gilberto Gil em seus shows acústicos e elétricos, mas recebe o aval do pai para se dedicar ao próprio projeto. Assim como ele, os outros integrantes da Tono - Leandro Floresta (flautista), Rafael Rocha (baterista-vocalista), Bruno di Lullo (guitarrista e baixista) e Ana Cláudia Lomelino (vocalista) - também mantêm vidas musicais paralelas. "Mas nossa energia maior está focada na banda", afirma Bem. As informações são do Jornal da Tarde.
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