Balé da Cidade entra no programa de assinaturas

Às vésperas de comemorar 35 anos de atividades, companhia passa a fazer parte do programa de assinaturas do Teatro Municipal de São Paulo

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Por Agencia Estado
Atualização:

O Balé da Cidade de São Paulo passa a fazer parte do programa de Assinaturas do Teatro Municipal, já de olho nas comemorações dos 35 anos da companhia. A diretora, Mônica Mion, passou um ano planejando as atividades e selecionando o que há de melhor no repertório para bolar esta temporada. Um programa variado, que conta com a participação de coreógrafos brasileiros, como Jorge Garcia, e estrangeiros, como Mauro Bigonzetti. Eles marcarão as estréias da companhia principal em abril. Garcia, prata da casa, já criou Divinéia e agora volta aos palcos com uma coreografia mais intimista e urbana, com direito a projeções. A trilha será assinada pelo DJ Dolores, mais ainda está sendo acabada. "Jorge Garcia é uma grande aposta. Foi um sucesso com seu primeiro trabalho. Ele enfrentou as dificuldades de coreografar para uma companhia grande, de criar para os próprios colegas", diz a diretora. As pesquisas para a coreografia, ainda sem nome, começaram em dezembro. Os bailarinos já estão no início dos ensaios. A equipe técnica já foi definida, com a presença de Fábio Namatame e a turma do Fábrica Bijari, responsável pelas projeções e cenografia. Já o trabalho com o italiano Bigonzetti começará apenas em março. "Essa divisão foi excelente, porque cada um pode desenvolver suas coreografias em meses diferentes, não sobrecarrega os bailarinos. Esta é a primeira vez que o diretor do Aterballeto cria para o Balé da Cidade." A peça está baseada na trajetória artística de uma cantora italiana, que começou sua carreira no fim dos anos 50. "Ele pretende fazer uma passeio por diferentes épocas, de acordo com a trilha sonora. Também deseja traçar um paralelo com os fatos históricos brasileiros." Em junho, o Balé da Cidade participará da ópera Édipo Rei, sob a coordenação de Mara Borba. "No mês de abril, também daremos início ao trabalho para este espetáculo, que será apresentado no palco com a orquestra experimental de repertório." O mês de julho será dedicado ao coreógrafo israelense Ohad Naharin, com Axioma, Black Milk e Perpetum, entre outras. "Somos a única companhia no mundo que possui peças dele no repertório. Naharin virá para as montagens, mas ainda não confirmou sua presença na estréia." Em agosto, a companhia agita as comemorações dos 100 anos de Cândido Portinari, com a coreografia Baile na Roça. Setembro será recheado de atividades, a começar pelo lançamento de um livro que reúne 35 anos de história da companhia. Uma obra organizada pela jornalista Norma Couri, que conta com textos de críticos e pesquisadores que acompanharam todas as etapas do grupo. E, também, um belo material iconográfico, com fotos que registraram os principais momentos do Balé. Para completar, as duas companhias - principal e veteranos - farão, a partir do dia 19, uma retrospectiva. "Pretendemos fazer uma grande festa, reunir artistas e pessoas que participaram da companhia. O lançamento do livro brindará este momento do Balé." Mônica já estuda um programa especial para as comemorações dos 450 de São Paulo, em 2004. "Gostaria de emendar as atividades do aniversário do Balé, com o aniversário da cidade. Penso em incluir coreografias antigas, uma homenagem aos coreógrafos que marcaram presença na companhia, como o Oscar Arraiz e Luiz Arrieta, entre outros."

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