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Bagdá pode ter sofrido saques planejados

Por Agencia Estado
Atualização:

Especialistas em relíquias da antigüidade foram advertidos de que os saques ao Museu Nacional de Bagdá podem ter sido planejados com antecedência por quadrilhas de traficantes de arte. A advertência foi feita pelo professor McGuire Gibson, da Universidade de Chicago, durante uma reunião da Unesco em Paris. ?Parece que parte dos saques foi uma ação deliberada e planejada?, disse ele ao grupo de arqueólogos. Para o professor, ladrões profissionais se misturaram a civis iraquianos para tirar vantagem do caos que tomou conta da capital do Iraque logo que as forças anglo-americanas entraram na cidade e derrubaram o regime de Saddam Hussein. Milhares de artefatos datados da época do nascimento da civilização foram roubados ou destruídos nos últimos dias da guerra. ?Eles conseguiram as chaves de catacumbas e levaram importantes peças Mesopotâmias guardadas em cofres?, disse o professor Gibson. Segundo ele, alguns artefatos já estão em Paris e no Irã. ?Provavelmente isso foi feito pelo mesmo tipo de gangues que estiveram destruindo sítios no Iraque pelos últimos 12 anos e contrabandeando no mercado internacional?, disse ele. A Unesco, órgão da ONU para a educação e a cultura, informou que enviará uma equipe ao Iraque para avaliar o prejuízo à herança cultural do país. O diretor geral da Unesco, Koichiro Matsuura, pediu um embargo internacional imediato ao comércio de antigüidades em todo o mundo. (Clique aqui para ler mais sobre a reunião) Também foi anunciado um fundo especial para o patrimônio cultural do Iraque, para o qual Itália, França, Grã-Bretanha, Alemanha, Egito e Catar já contribuíram. Algumas antigüidades saqueadas - 80.000 exemplares de escrita cuneiforme com os escritos mais antigos do mundo. - Uma figura de bronze o rei Akkadian, de 4.500 anos. - Uma harpa de prata da cidade bíblica de Ur, de 4.000 anos. - Vaso sumério entalhado, de 5.200 anos. - Uma estátua sem a cabeça do rei sumério Entenema, de 4.600 anos. - Taça sagrada entalhada, de 4.600 anos. As informações são do site da BBC em português. Para ler o noticiário da BBC, que é parceira do estadao.com.br, clique aqui. Veja o especial :

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