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Babel Fnac assusta, mas diz que fica LIVRARIA

Por MARIAF.RODRIGUES@GRUPOESTADO.COM.BR
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MARIA FERNANDA RODRIGUESUm comunicado enviado esta semana pela Fnac a seus clientes e fornecedores sobre a mudança da razão social da empresa no Brasil trouxe de volta rumores de que a rede francesa estaria preparando sua saída do País - algo esperado há tempos pelo mercado - ou então se dissociando da filial para ser vendida separadamente. Através de sua assessoria, a empresa garante que não está arrumando as malas e diz que uma prova disso é a inauguração, no próximo dia 15, em Goiânia, de sua 11.ª loja. Ela terá 3 mil m² e será uma das âncoras do Flamboyant Shopping. Uma 12.ª loja também está nos planos para este ano. Fato é que a Fnac perdeu de vez a briga com a homônima Fnac Livraria e Editora S.A., do Rio, dona do nome desde 1981 - e a francesa só chegou aqui em 1998. Outro indício de que a rede não pretende sair do País, pelo menos por ora, é que tem dito a editoras que começará, finalmente, a vender e-book em 2013. Apesar de ter sido escolhida pela Apple para o lançamento do iPad em 2010, até agora ela não tinha se mobilizado para entrar por completo no mercado de livro digital. Os livros, aliás, perdem a cada dia espaço para os eletrônicos nas lojas. A vida da Fnac no Brasil nunca foi fácil, a começar pela estratégia de abertura. Para se instalar aqui, comprou a Ática, dona de um projeto ousado e frustrado. Mas bem ou mal ela se manteve por todos estes anos e no último comunicado oficial da sede, em que anuncia queda de 3,2% nas vendas e um plano de economia de 80 milhões para este ano, o Brasil passou batido - ao contrário de alguns países europeus. A rede sairá da Itália, por exemplo. Ao todo, 510 pessoas serão demitidas no mundo. A Fnac tem 158 lojas e 17 mil funcionários, e pertence ao grupo PPR, que cogitou vendê-la em 2011. Com a crise, os investimentos estão mais direcionados. Em dezembro, ela inaugurou a primeira loja na África. Casablanca, no Marrocos, foi a cidade escolhida. EXPEDIENTE EDITORA EXECUTIVA: LAURA GREENHALGH. EDITOR: RINALDO GAMA. EDITOR ASSISTENTE: JOÃO LUIZ SAMPAIO. REPÓRTERES ESPECIAIS:ANTONIO GONÇALVES FILHO, LUIZ ZANIN ORICCHIO, UBIRATAN BRASIL. REPÓRTER: MARIA FERNANDA RODRIGUES REDATORAS: MARIA DA GLÓRIA LOPES, REGINA CAVALCANTI. DIRETOR DE ARTE: FÁBIO SALES. EDIÇÃO DE ARTE: ANDREA PAHIM. DESIGNERS: ADRIANO ARAUJO E JUSSARA GUEDES TRADUÇÃOCangaço em Cuba Ao receber menção honrosa, em janeiro, no Prêmio Literário Casa de Las Américas, Os Cangaceiros: Ensaios de Interpretação Histórica (Boitempo), do historiador Luiz Bernardo Pericás, chamou a atenção da Nuovo Milênio. Ela vai publicá-lo em Cuba este ano.*Na semana que vem, Pericás lança um romance: Cansaço, A Longa Estação. Antonio Abujamra e Flavio Aguiar assinam os textos da capa e quem lança é de novo a Boitempo. INTERNACIONALTerceira edição francesaHotel Brasil, de Frei Betto, chega à terceira edição na França - as outras são de 2004 e 2006, e passa a integrar a coleção Polar, dedicada a livros policiais, da L'Aube. Essa nova edição acompanha as modificações feitas pela Rocco em 2010, como a inclusão de um intertítulo, que em francês ficou Le Mystère de la Tête Coupée.FÁBULAA Angola de LuandinoLuandino Viera, português de nascimento e angolano por opção, terá mais um título lançado no Brasil. A Pallas está finalizando a produção de Kaxinjengele e o Poder, um livreto de 16 páginas que até poderia ser considerado infantil não fosse a densidade do texto. A obra trata das consequências da ambição desmedida pelo poder. A maior curiosidade é que foi o próprio escritor quem ilustrou o livro. Sai em abril.CONTOBeatlemania literária Depois de organizar o livro Como Se Não Houvesse Amanhã (Record), com contos de autores brasileiros inspirados em músicas da Legião Urbana, Henrique Rodrigues corre para aprontar outra coletânea. Convidou Adriana Lisboa, Ana Paula Maia, Carola Saavedra, André de Leones, Marcelino Freire, Marcelo Moutinho, Felipe Pena e Zeca Camargo, entre outros, para escreverem textos a partir de canções dos Beatles. O Livro Branco será lançado pela Record em junho para a festa de 70 anos de Paul McCartney (foto).ROMANCEO dom de contar história Maria Margarita tem 12 anos e uma missão: assistir todos os filmes exibidos em sua vila, no deserto do Atacama, e contar para a família. Isso porque só há dinheiro para um ingresso. Esse é o enredo de La Contadora de Películas, livro do chileno Hernán Rivera Letelier que encantou Walter Salles - o longa está em produção, e que será editado em cerca de 20 países, incluindo o Brasil. Aqui, os direitos são da Cosac Naify.

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