O patriarca da família Hilton, o multimilionário Barron Hilton, doará 97% de sua fortuna, avaliada por ele mesmo em US$ 2,3 bilhões, a obras de caridade e não a suas netas, Paris e Nicky Hilton. O ex-executivo-chefe da rede hoteleira Hilton anunciou a decisão num e-mail enviado à revista Fortune. O avô de Paris e Nicky Hilton vai deixar o dinheiro à Fundação Conrad N. Hilton, que leva o nome de seu pai. Ela realiza mais de 50% de suas obras de caridade fora dos Estados Unidos. Em 1990, deu US$ 62 milhões a projetos de água potável na África, segundo a revista americana, educação para crianças cegas e moradia para pacientes de transtornos mentais. Jerry Oppenheimer, que escreveu um perfil da família em 2006, disse que Barron, de 80 anos, fica constrangido com o comportamento da neta socialite, a quem supostamente acusa de ter manchado o nome dos Hiltons. Com a doação, Barron Hilton segue os passos de seu pai, Conrad Hilton, que criou a fundação em 1944. Ao morrer, em 1979, ele também deixou a sua fortuna também a obras beneficentes. A Fortune lembra que Barron Hilton, de 80 anos de idade, recebeu ultimamente duas grandes injeções de capital. Em julho, o grupo privado de investimentos Blackstone anunciou a compra por US$ 26 bilhões da rede Hilton, da qual o empresário tinha 5%. Ele também tem ações na companhia de cassinos Harrah's, em processo venda ao grupo Apollo and Texas Pacific, numa operação avaliada em US$ 15 bilhões. A doação de US$ 1,2 bilhão à fundação é a segunda maior anunciada publicamente nos Estados Unidos este ano. Antes, a magnata do setor hoteleiro Leona Helmsley deu US$ 4 bilhões a uma entidade que leva o nome de sua família. Paris Hilton Paris, símbolo da elite fútil norte-americana, ficou famosa em 2003 quando apareceu na Internet um vídeo caseiro em que ela fazia sexo com um namorado. Ela não desperdiçou a notoriedade, alimentada sobre as manchetes dos tablóides sobre suas vida baladeira. Paris já teve um reality show na TV, lançou livro, perfume, disco e participou de filmes. Neste ano, passou mais de três semanas presa por violar uma proibição de dirigir depois de ser pega dirigindo embriagada.