Autoridades acompanham velório de Niemeyer no Palácio do Planalto

Visitação de populares será permitida das 16h às 20h, no Palácio do Planalto; arquiteto morreu na noite de quarta-feira, aos 104 anos

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Por Antonio Pita , Felipe Tau e Rafael Moraes Moura
Atualização:

Atualizada às 16h16

Brasília - O corpo do arquiteto Oscar Niemeyer, morto na quarta-feira, 05, aos 104 anos no Rio de Janeiro, chegou por volta das 15h50 ao Palácio do Planalto, onde está sendo velado. O Palácio do Planalto é um projeto de autoria do próprio Niemeyer. Oito cadetes da Polícia Militar do Distrito Federal subiram a rampa carregando o corpo do arquiteto. A bandeira do Brasil foi colocada sobre o caixão e retirada logo depois.
Ao telefonar para a família de Niemeyer para prestar condolências, ainda na noite de ontem, a presidente Dilma Rousseff colocou o Planalto à disposição para o velório. Um avião cedido pela própria Presidência da República transportou o corpo do Rio de Janeiro para Brasília. Além de Dilma e da viúva de Niemeyer, Dona Vera; os presidentes do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e da Câmara, Marco Maia (PT-RS), acompanham o velório.
Também estão presentes os ministros do Planejamento, Miriam Belchior; das Relações Exteriores, Antonio Patriota; da Defesa,Celso Amorim; da Secretaria de Comunicação Social, Helena Chagas; da Educação, Aloizio Mercadante; da Casa Civil, Gleisi Hoffmann; da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho; da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti; da Saúde; Alexandre Padilha; do Gabinete de Segurança Institucional, general José Elito, e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini.
Em homenagem a Niemeyer, foi feito um minuto de silêncio quando o corpo chegou ao Planalto, agora à tarde; e antes da solenidade de anúncio de investimentos para portos, pela manhã. O velório deverá ser aberto ao público a partir das 16 horas, sendo encerrado às 20 horas.
Em nota de pesar divulgada ontem, Dilma diz que a história de Niemeyer não "cabe nas pranchetas". "Niemeyer foi um revolucionário, o mentor de uma nova arquitetura, bonita, lógica e, como ele mesmo definia, inventiva. (...) É dia de chorar sua morte. É dia de saudar sua vida", afirma a presidente no texto. Segundo informações do site da Presidência da República, Niemeyer definiu as colunas do Palácio do Planalto da seguinte forma: "Leves como penas pousando no chão".

O corpo do arquiteto chegou às 14h20 na Base Aérea de Brasília, dentro do horário previsto. No Rio, dez batedores da Guarda Municipal acompanharam o trajeto do caixão entre o Hospital Samaritano, onde Niemeyer esteve internado nos últimos 33 dias, e o aeroporto. A missa realizada na capela do hospital e presidida pelo padre Jorjão, da Paróquia Nossa Senhora da Luz, terminou por volta das 11h. Emocionada, a viúva do arquiteto falou com a imprensa. "Perdi a pessoa que mais gostava no mundo, que mais amei. Vai ser difícil, mas o tempo passa. Estou muito fragilizada", disse Vera.

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