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Autora de 'Beleza Pura' trocou jornalismo por telenovelas

Por AE
Atualização:

Jornalista por formação, Andrea Maltarolli, autora da novela Beleza Pura, da Globo, disse que resolveu se tornar novelista porque não via tanta graça em escrever sobre o mundo real. Não é à toa, então, que a novela seja uma comédia romântica na qual a graça está acima de qualquer apego à realidade. Não há novidades de formato, mas um frescor no texto de Beleza Pura, primeira novela de Andrea, e que teve Silvio de Abreu como supervisor nos primeiros 30 capítulos. "Quando eu era jornalista, achava tudo exaustivo, difícil. Pensava que seria bom se pudesse inventar as reportagens, mas não dá para inventar sendo jornalista. Trabalhei em várias revistas da Editora Bloch. A que fiquei mais tempo foi uma revista feminina de serviço, chamada ''Mulher de Hoje''. Por isso, acho que é fácil para mim escrever sobre beleza para a novela - até hoje uso as matérias que fiz. Um dia, no elevador da Editora Bloch, eu encontrei um pessoal da extinta TV Manchete, que fazia novela. Pensei: ''Taí, é isso que eu quero fazer''", afirma Andrea. Na trama, por exemplo, fazem sucesso as peripécias de Olavo (Reginaldo Faria), que sobreviveu a um acidente de helicóptero e, sem memória, acha que é um índio. Ao mesmo tempo, Helena (Mônica Martelli) se veste de homem para poder trabalhar e confunde o Dr. Renato (Humberto Martins), médico machão. O público torce pelo romance, enquanto o pobre Dr. Renato duvida da própria masculinidade. E para dar um tempero especial, entra em cena Rakélli (Ísis Valverde), que é linda e deliciosamente ingênua. Ao contrário de muitos de sua geração, Andrea não cresceu vendo novelas porque para a mãe, professora, não era coisa para criança ver. A falta de um berço televisivo, digamos assim, não a impediu de sair vitoriosa da Oficina de Autores da Globo, em 1994, depois de decidir largar o emprego na editora Bloch para ser roteirista de TV. A chance de estar entre os que tentavam uma vaga de autor da Globo veio de um curso nada ortodoxo: ?Uma amiga era vizinha do Antônio Grassi, que jogava no lixo os roteiros da novela em que atuava. Eu precisava saber como as novelas eram escritas, então ela pegava da lixeira dele, e me dava. Foi assim que aprendi?, confessa ela. Seu trabalho final de curso, desenvolvido ao lado de Emanuel Jacobina, foi o projeto de Malhação, a novela para adolescentes da emissora. ?Eu queria trabalhar com humor, mas acabei me dando conta de que o tipo de humor que eu queria fazer só poderia ser feito em novela?, explica a autora. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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