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Autor e ambientalista canadense Farley Mowat morre aos 92 anos

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Por Redação
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O autor e ambientalista canadense Farley Mowat, escritor fervoroso e às vezes polêmico que vendeu cerca de 17 milhões de livros, faleceu aos 92 anos, relatou a mídia do país nesta quarta-feira. O trabalho de Mowat revelou a milhões de leitores o norte do Canadá, uma região vasta e escassamente habitada que poucos escritores haviam explorado com profundidade antes. Ele também fez campanha pela preservação da vida selvagem e se opôs fortemente à presença humana excessiva na área. "Lamento por nós, porque não somente somos um animal ruim, mas inevitavelmente um animal condenado. Toda espécie desaparece. Mas nossa condenação é aqui e agora", disse ele em entrevista em 1998. "Obviamente ele era um canadense apaixonado, que moldou grande parte da minha geração que cresceu com seus livros, e fará muita falta", disse Justin Trudeau, de 42 anos, líder do oposicionista Partido Liberal. O pai de Trudeau, o ex-primeiro-ministro Pierre Trudeau, era amigo do escritor. Mowat, que serviu como soldado na Itália na Segunda Guerra Mundial, ganhou proeminência em 1952 com seu primeiro livro, "People of the Deer" (Povo do alce, em tradução livre), que descrevia as penúrias da tribo Inuit em luta com a inanição e a indiferença do governo no Ártico canadense. O livro despertou interesse no norte, e Mowat aumentou a fama com "Never Cry Wolf" (Nunca grite lobo, em tradução livre), de 1963, no qual tentou desfazer a imagem do lobo como uma máquina de matar responsável pelo declínio da população caribu. (Por David Ljunggren)

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