Autor argentino lança seqüência de 'O Pequeno Príncipe'

Alejandro Roemmers se tornou responsável pela segunda parte da história criada por Saint-Éxupery

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Por Ariel Palacios e de O Estado de S. Paulo
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No dia 25, os argentinos - antes do restante do planeta - poderão ler a continuação de O Pequeno Príncipe, obra emblemática da literatura infantil, escrita pelo piloto francês Antoine de Saint-Éxupery, em 1943. Nessa data será lançado oficialmente o livro O Regresso do Jovem Príncipe, publicado em Buenos Aires pela Editora Grijalbo. Mas a segunda parte das aventuras do personagem que imortalizou a frase "tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas" não foi escrita pelo francês, morto no final da Segunda Guerra. O autor é o argentino Alejandro Roemmers, poeta premiado no país e no exterior, além de herdeiro de um dos maiores laboratórios farmacêuticos do país. Ele conseguiu a aprovação dos herdeiros do francês para dar continuidade à obra que tem prefácio de Frédéric D'Agay, sobrinho-neto de Saint-Éxupery e presidente da Fundação Saint-Éxupery. D'Agay garante que a Argentina "impregnou a obra de seu tio-avô". Para ele, o formato de uma ilha na Patagônia inspirou o desenho da jibóia que engole o elefante, encontrado no início de O Pequeno Príncipe. Na obra de Roemmers, o solitário habitante do asteróide B 612 volta à Terra, já adolescente, e aparece na Patagônia. Ali, faminto, é encontrado por um homem que viaja pelo sul do país e que o ajuda. Segundo Roemmers, a base de O Regresso do Jovem Príncipe é "espiritual e não um argumento". A conexão do Pequeno Príncipe com a Patagônia remete aos anos que Saint-Éxupery morou em Buenos Aires, para onde foi enviado em 1929 pela companhia Aéroposta-Argentina para abrir novas rotas aéreas. Ali, apaixonou-se pela imensidão da gélida região meridional da Argentina. Para os argentinos, Saint-Éxupery é praticamente um compatriota. Como piloto, entre 1929 e 1931 abriu rotas aéreas por todo o país e deu início aos vôos noturnos (um de seus livros, chama-se Vôo Noturno, que teve a introdução do escritor André Gide, e transcorre na Argentina). Saint-Éxupery também se casou na Argentina, com a artista salvadorenha Consuelo Suncin. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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