Aula de equilíbrio entre o simples e o absurdo

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Por Redação
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O encontro entre Gilson Peranzzetta (piano), Mauro Senise (sax soprano e flauta transversal) e Silvia Braga (harpa) é daqueles inclassificáveis. Pela formação não convencional do trio, o repertório, que vai de Ary Barroso a Debussy, de Jobim a Bach, de Chico Buarque a Villa-Lobos, poderia muito bem enveredar por caminhos que levassem a um virtuosismo pedante. Porém, as 11 faixas de Melodia Sentimental tiveram a sorte de cair nas mãos de instrumentistas competentes como Mauro Senise e Silvia Braga, e de receber o fino trato do piano do monstruoso Gilson Peranzzetta. O resultado é um álbum que escapa a rótulos, embalando uma infinidade de sentimentos sortidos. Assim, temas conhecidos foram relidos com personalidade, combinando sofisticação e simplicidade. Exemplos são A Lenda do Caboclo (de Villa-Lobos, e destaque do CD), Amparo (de Tom Jobim, versão instrumental de Olha Maria antes de ganhar letra), No Tabuleiro da Baiana (de Ary Barroso), Todo Sentimento (joia rara de Cristóvão Bastos e Chico Buarque) e Villa Jobim (Peranzzetta e Ivan Lins).

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