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Augusto Monterroso ganha prêmio Astúrias

Por Agencia Estado
Atualização:

O escritor guatemalteco Augusto Monterroso, um dos mais originais contistas da língua espanhola, recebeu ontem o prêmio Príncipe de Astúrias de Letras. Aos 78 anos, o escritor comoveu-se com a escolha, mas não se mostrou surpreso. Nos últimos quatro anos seu nome figurou entre os finalistas. Ele será contemplado com um cheque no valor de US$ 28 mil e uma réplica da estátua criada pelo artista catalão Joan Miró (1893 ? 1983). Nascido em Tegucicalpa em 1921, Monterroso vive no México há mais de cinqüenta anos. Foi expulso da Guatemala após o golpe de estado que por 36 anos assolou seu país. Só pôde voltar à terra de origem em 1996, quando foi contemplado com o título de doutor "honoris causa" na Universidade de San Carlos. A nomeação de Monterroso, defensor dos direitos humanos e da liberdade de expressão em seu país, ao Príncipe de Astúrias gerou grande comoção na comunidade intelectual centro-americana. Criado em 1981, o Príncipe de Astúrias leva em consideração o conjunto da obra e procura congratular aqueles que contribuam com a criação intelectual nos campos da literatura e da lingüística. Os prêmios, que ao largo de duas semanas são divulgados pela fundação Príncipe de Astúrias, serão entregues em outubro pelo herdeiro da Coroa espanhola, Felipe de Borbón. Viaje al centro de la fábula, Uno de cada tres y el centenario, Animales y hombres, Movimiento perpetuo o Lo demás és silencio são as principais obras do contista guatemalteco. Lançado em 1998, La Vaca, mais recente trabalho do escritor, é uma mistura de ensaio e ficção.

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