Atração científica é a menina dos olhos de Morgan Freeman

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Por JORDAN RIEFE
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O premiado ator Morgan Freeman completa 75 anos nesta sexta-feira, mas nem pensa em reduzir o ritmo. Nos próximos meses ele será visto num novo filme do personagem Batman, e atualmente está rodando "Oblivion", épico de ficção científica no qual contracena com Tom Cruise. Mas, em meio a tantos compromissos, ele encontra tempo para um projeto pessoal, o programa de TV "Through the Wormhole with Morgan Freeman" ("No buraco dos vermes com Morgan Freeman"), cuja terceira temporada estreia em 6 de junho no canal Science. Freeman é o produtor-executivo e apresentador da série. Em episódios intitulados "O que é o nada?" e "Podemos ressuscitar os mortos?", os realizadores entrevistam físicos, biólogos, astrônomos e outros acadêmicos que exploram teorias modernas sobre as grandes questões da vida. Recentemente, Freeman falou à Reuters sobre o programa. P.: O sr. faz algumas perguntas provocativas. De onde vêm suas ideias? R.: Elas chegam até a gente por um monte de lugares. Às vezes você acorda no meio da noite ou está lá deitado e algo lhe ocorre, "e se?", ou "por que não podemos?". E você simplesmente faz as perguntas nas sessões e as joga por aí - sessões com roteiristas, produtores, diretores. Vamos aos cientistas para receber sua contribuição - toda essa gente que tem pensado sobre essas questões. Sempre dá para encontrar alguém que esteja pensando em alguma pergunta que você queria fazer. P.: Qual é a pergunta com a qual o sr. mais quer lidar no programa? R.: Tem uma que eu continuo fazendo. Há uma diferença - mantenho que há - entre espaço e universo? Em outras palavras, os cientistas do (telescópio espacial) Hubble dizem que o universo está se expandindo. E se o universo está se expandindo, é preciso que haja algo onde se expandir. Ele está avançando sobre o quê? P.: Há outro episódio sobre terapia genética, e sobre se há ou não uma raça superior. R.: É uma dança delicada, mas não se você percebe que é quase uma pergunta irrespondível. Estávamos falando sobre a possibilidade de manipular geneticamente a raça humana para coisas específicas, particularmente a ideia de viagem no tempo. Se você cria um grupo superior, não terá uma raça, terá apenas um grupo. Podemos nos alterar geneticamente para coisas específicas, mas não acho que isso nos torne superiores. P.: O episódio fala especificamente em termos de QI. R.: Acho que os testes de QI não significam nada. Se você me colocar no Serengeti (uma região da África) com (o povo) maasai e me testasse a respeito do que eles sabem, eu seria miseravelmente reprovado. P.: O sr. tira conclusões, ou é mais importante continuar perguntando? R.: Acho valioso. Mas o principal é que estou me divertindo à beça com isso. É uma dessas coisas que realmente incendeiam a imaginação. (Reportagem de Bob Tourtellotte)

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