Ator Ryan Phillippe deixa de lado imagem de bonitinho

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Por KATHY A. MCDONALD
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Ryan Phillippe ganhou fama em Hollywood e conquistou os fãs com seus olhos azuis e sua beleza nos anos 1990, mas o ator diz que nunca se interessou em ser apenas mais um rosto bonito no cinema. Por essa razão, nos últimos anos Phillippe, de 33 anos, vem encarando papéis difíceis em filmes cujas tramas são ancoradas na vida real. É o caso de "Stop-Loss", sobre a guerra do Iraque, que chega aos cinemas norte-americanos na sexta-feira. Escrito e dirigido por Kimberly Peirce, "Stop-Loss" traz Phillippe no papel de soldado que retorna da guerra. Os papéis dramáticos recentes do ator foram em "A Conquista da Honra", de Clint Eastwood, sobre a 2a Guerra Mundial, e "Crash -- No Limite", filme sobre relações raciais que foi premiado com o Oscar. Pensando no futuro, Phillippe diz que quer mergulhar em outros papéis originais e possivelmente difíceis. "O que me interessa agora é buscar uma direção mais baseada nos personagens, talvez algo não tão direto e simples quanto alguns de meus papéis recentes", disse o ator à Reuters. "Quero me soltar um pouco." O primeiro filme de Kimberley Peirce, "Meninos Não Choram", sobre um personagem transgênero, foi sucesso de bilheteria e deu o Oscar de melhor atriz a Hilary Swank. Em "Stop-Loss", Ryan Phillippe é Brandon King, sargento do Exército que retorna para casa e é recebido com uma parada de boas-vindas, mas recebe a ordem de voltar à ativa, mesmo após o término de seu contrato voluntário com as Forças Armadas. Seu dilema gera vários conflitos para ele e outros soldados, representados por Channing Tatum e Joseph Gordon-Levitt, além das mulheres para as quais retornaram. Phillippe diz que vê o filme não tanto como um enfoque da guerra, mas mais sobre o impacto dos conflitos atuais no Iraque e Afeganistão sobre homens e mulheres norte-americanos em seu país. No ano passado, vários filmes sobre a guerra, como "No Vale das Sombras" fracassaram nas bilheterias, e, embora reconheça o fato, Phillippe disse que "Stop-Loss" possui uma energia juvenil e pouco convencional. "Nosso filme é diferente, na medida em que fala do soldado e de sua perspectiva", disse ele. "Nosso filme não ingressa em território político, não faz pregações."

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