13 de abril de 2012 | 10h12
Toda incerteza que cercou a realização da 30.ª Bienal em 2012, enquanto a instituição teve, judicialmente, suas contas bloqueadas, gerou "angústia", como disse Oramas na coletiva de imprensa promovida para apresentação da lista de artistas, do projeto educativo (coordenado por Stela Barbieri) e da identidade visual da mostra, que terá 30 cartazes (processo chefiado por André Stolarski). "A diretoria (da Fundação Bienal de São Paulo) falou muito precisamente sobre os problemas e disseram (para nós) ''continuem trabalhando''. As equipes foram pagas, tivemos prudência e todos os artistas tiveram confiança", continuou o curador-geral desta edição. O episódio está "superado", disse o diretor presidente da instituição, Heitor Martins. Segundo ele, o orçamento da mostra, aprovado pelas Leis de Incentivo, é de R$ 21 milhões.
Dos 110 criadores participantes, selecionados por Oramas (curador licenciado do Museum of Modern Art de Nova York) e pelos cocuradores André Severo, Tobi Maier e Isabela Villanueva (assistente), 23 são brasileiros - entre eles, Alair Gomes, Sofia Borges, Rodrigo Braga, Nino Cais, Thiago Rocha Pitta e o concretista Waldemar Cordeiro. "Os artistas não estão representando temas, grupos de nações: estão por suas obras, conteúdos, investigações", disse Oramas. É de se destacar, também, a presença de latino-americanos. "Um dos critérios da seleção dos participantes foi tentar não repetir artistas que estiveram, pelo menos, nas últimas duas ou três Bienais", afirmou o curador-geral.
Apesar da crise institucional ocorrida este ano, Pérez-Oramas, que foi anunciado em fevereiro de 2011 como organizador da 30.ª edição, conservou o número de artistas que previa, desde o ano passado, para a mostra "A Iminência das Poéticas". Será uma Bienal que apostará em "experiências de diálogos, de percepções" entre obras e com o espectador - formada por "constelações", define o curador. "Uma Bienal contra a ideologia da imagem", afirmou Oramas, em que uma das questões será a da memória e não a da nostalgia. A exposição, com expografia do arquiteto brasileiro Martin Corullon, terá cinco "zonas curatoriais": Sobrevivências, Alterformas, Derivas, Vozes e Reverso - esta última, com obras apresentadas em outros espaços da cidade que não apenas o Pavilhão da Bienal no Ibirapuera, como a Casa Modernista, a Capela do Morumbi e o Masp. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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