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Arthur Nestrovski é novo diretor artístico da Osesp

Por AE
Atualização:

O jornalista e músico Arthur Nestrovski será o novo diretor artístico da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp) a partir de janeiro de 2010; por sua vez, o maestro francês Yan Pascal Tortelier, trabalhando desde o início do ano como interino, foi confirmado no cargo de regente titular do conjunto até o fim de 2011. O anúncio foi feito ontem na Sala São Paulo durante coletiva do Conselho da Fundação Osesp, liderado pelo ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso. "Acabou a fase de transição", garantiu ele.O contrato de Nestrovski foi firmado por tempo indeterminado. "Ele é agora funcionário da fundação e ficará no cargo até julgarmos necessário", explicou um dos conselheiros, o editor Luiz Schwarcz. Os consultores internacionais da Osesp, o inglês Timothy Walker e o norte-americano Henry Fogel, continuam a assessorar o grupo. "O trabalho conjunto segue, mas a partir de agora as responsabilidades finais no que diz respeito à atividade artística da Osesp recaem sobre mim", disse Nestrovski. Não haverá, segundo ele, alterações na programação 2010, já anunciada.A escolha de Nestrovski é exemplo, segundo o conselho, de um "novo modelo de governança", nas palavras de Fernando Henrique Cardoso. "Ao longo deste ano vivemos uma transição difícil, até pela força que tinha o maestro John Neschling. Mas estamos vencendo etapas e consolidando a orquestra. Nesse sentido, um dos objetivos desde o início foi repensar o modelo de governança do grupo, fortalecendo o centro dinâmico de decisões. Além do diretor executivo, de um gerente artístico e de um regente titular, temos agora um diretor artístico e cultural, cuja função é ampliar a atuação da orquestra."A ideia de desmembrar as funções de diretor artístico e regente titular surgiu já nos primeiros momentos após a demissão, em dezembro de 2008, de Neschling, que acumulava os dois postos. Nos bastidores, a avaliação do conselho era a de que essa união criava um superpoder dentro da estrutura de comando da orquestra. "O modelo que estamos seguindo não é novo, é simplesmente a fórmula que a maior parte das principais orquestras do mundo utiliza nos dias atuais", disse Fernando Henrique Cardoso.De acordo com Schwarcz, o comitê de busca instaurado para encontrar os substitutos para John Neschling não será desfeito mas, sim, ampliado. "Ele será constante, com a presença dos consultores, de membros do conselho e, agora, com a participação de mais músicos da orquestra. Sua função será continuar sugerindo nomes que possam reger a orquestra como convidados e mesmo possíveis substitutos para o futuro", disse. Segundo Fernando Henrique, está sendo estudada ainda a contratação de um regente convidado principal. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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