
06 de julho de 2010 | 00h00
Perto do vídeo está o trabalho de Cildo Meireles, Zero Dolar. Segundo o idealizador da mostra, Paulo Herkenhoff, Meireles é um dos primeiros, ao lado de Claudia Andujar, a "representar o índio, saindo do enfoque meramente antropológico para dar-lhe subjetividade". Nesta obra, o artista substitui as ilustrações da nota de dinheiro por figuras de um índio e de um louco, criando crítica potente ao contrapor exclusão social e fetiche da moeda.
Em seguida, estão desenhos de grande carga mítica (foto) de autoria de Orlando Manihipi-theri Yanomami, morto aos 17 anos de sarampo. A preocupação com a saúde dos índios está também em Marcados, série de Claudia Andujar, conjunto de retratos dos anos 80 feitos para mapear ianomâmis que haviam sido imunizados com vacinas. Em comovente texto, ela compara o exercício de identificar (para salvar) os índios nessa campanha, com outro tipo de marcação, feita com uma estrela amarela, que viu na juventude na Hungria, imposta pelos nazistas aos judeus que seriam mortos.
A REPÓRTER VIAJOU A CONVITE DA PRODUÇÃO DA MOSTRA
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