Arrocho do crédito não afeta Semana da Moda de Londres

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Por GOLNAR MOTEVALLI
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A semana de turbulência nos mercados financeiros não afetou os fashionistas que curtiram as roupas coloridas, experimentais e de luxo expostas na Semana de Moda de Londres, que se encerrou na quinta-feira. Muitos compradores ignoraram a recessão que se aproxima, enquanto os estilistas exibiam cores fortes e tecidos de luxo nas passarelas. Mas alguns nomes respeitados, apesar de ainda não terem verificado qualquer redução nas vendas, já temem uma queda potencial no próximo ano. "As empresas por trás dos estilistas têm muita consciência das preocupações financeiras do mundo e da cobiça dos grandes bancos que provocou esses problemas", disse o veterano estilista Paul Smith no início da semana. "Mas, com sorte, nosso negócio vai continuar mais ou menos como este no ano passado." PROMESSAS DO ORIENTE Julien Macdonald, Paul Smith, Vivienne Westwood e Aminaka Wilmont tiraram inspiração de lugares distantes para suas criações, que incluíram calças drapejadas soltas, turbantes de inspiração asiática e cores ensolaradas. O Oriente também encerra a promessa de compradores com bolsos grandes. Estiveram na Semana de Moda de Londres mais compradores de mercados como o Oriente Médio, interessados nas criações vindas de uma cidade que tem fama de ser a capital da moda de vanguarda. "O arrocho do crédito não nos afetou de verdade", disse Nicole Robertson, compradora da loja de moda de luxo Boutique 1, de Dubai. "Os clientes continuam a fazer compras como sempre." Diante da queda da demanda dos EUA, os jovens estilistas se animaram com a demanda por moda vinda de países como Kuait e Emirados Árabes Unidos. Paul Smith comentou que sua divisão de acessórios vem tendo boa performance de vendas, porque os acessórios são uma maneira relativamente barata de o consumidor atualizar seu guarda-roupa.

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