A decisão do Egito de romper os laços com o museu do Louvre não teve ligação com o fato de o ministro da Cultura do país não ter sido escolhido para o cargo de secretário-geral da Unesco. A afirmação foi feita por Zahi Hawass, integrante do Conselho Supremo de Antiguidades. Segundo ele, a controvérsia com o Louvre começou oito meses atrás, quando o museu parisiense se recusou a devolver pedaços pintados de uma tumba de 3.200 anos retirados das proximidades de um antigo templo da cidade de Luxor.
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Desde que assumiu o cargo, Hawass tem feito da recuperação de peças roubadas uma prioridade.
Na quarta-feira, ele anunciou que seu conselho não poderia mais trabalhar com o Louvre, ameaçando o trabalho do museu parisiense no Egito. As escavações que o museu realizava na necrópole de Saqqara, perto do Cairo, foram imediatamente suspensas e a palestra de uma ex-curadora do museu foi cancelada.
Nesta quinta-feira, Hawass divulgou um comunicado afirmando que a ruptura com o Louvre não tem relação com o fato de o ministro da cultura Farouk Hosny ter pedido a disputa para o principal cargo da agência da Organização das Nações Unidas (ONU) para cultura.