Arnaldo Niskier busca parcerias para a Cultura no Rio

Membro da ABL assumiu a pasta pela terceira vez. Diz que vai agir com a Educação e Turismo e quer todo tipo de parceria para os projetos

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Por Agencia Estado
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Inclusão cultural. Este termo vai pautar a atuação do professor e jornalista Arnaldo Niskier na Secretaria de Estado da Cultura, que ele assumiu na sexta-feira. Para isso, busca parcerias com a iniciativa privada, com as estatais sediadas no Rio e campeãs de investimento em cultura (Petrobrás, Eletrobrás, etc.) e com os governos federal e municipal. "A governadora Rosinha Matheus quer levar a produção cultural a pessoas que não têm acesso a ela", diz o novo secretário. "Por isso, a expressão inclusão cultural, um termo tão em voga." É a terceira vez que Niskier ocupa o cargo. Nas outras, nos anos 60, com Negrão de Lima, e nos 80, com Chagas Freitas, a pasta era acoplada à Educação, área em que o seu nome é referência. Agora, ele quer agir em conjunto com esta área e a de turismo, segundo ele, uma vocação do Estado do Rio. Com a Educação ele já mantém contato, além de ser amigo pessoal do novo titular, Cláudio Mendonça. Em 2003, coordenou na Academia Brasileira de Letras, o concurso Jovens Talentos, em que estudantes fluminenses foram premiados por seus textos. Niskier precisará negociar muito para financiar os projetos de incremento à programação da Sala Cecília Meireles, construção de salas de cinema e de teatro na Baixada Fluminense e melhor aproveitamento dos museus e salas de espetáculos do Estado. Sua verba, R$ 81 milhões para 2004, só mantém a máquina funcionando. "Para os projetos, tenho de buscar parcerias ou recorrer a incentivos fiscais." No último item, ele já tem azeitada a lei estadual, que permite às empresas usar parte do Imposto sobre Circulação de Mercadoria (ICMS) no financiamento de projetos aprovados pela Secretaria de Cultura. Ele não descarta nem a volta da loteria cultural, projeto que foi lançado com estardalhaço no ano passado por Helena Severo, mas que só teve uma edição até agora, sem que tivesse sido anunciado quanto trouxe para a cultura fluminense. "Confesso que o jogo não me agrada", ressalta ele. "Mas é uma idéia a ser estudada e aproveitada, se for boa e trouxer recursos. Dêem-me um pouco de tempo e as coisas começarão a acontecer." O novo secretário só não abre mão de continuar atuante na Academia Brasileira de Letras, da qual é membro há mais de uma década, em que foi ocupou todos os cargos da diretoria, inclusive a presidência. "Tal como na Academia, vou lutar para valorização do ensino da língua e da literatura nas escolas", promete ele. "Não deixo aquele convívio de jeito nenhum porque é lá que tenho meu maior aprendizado e meu maior prazer."

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