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Argentina lembra golpe militar em dez novos livros

No 30.º aniversário do golpe, surgem novas publicações que abordam o tema

Por Agencia Estado
Atualização:

A história das Mães da Praça de Maio, a biografia não-autorizada do ex-ditador Jorge Videla e um ensaio sobre a cumplicidade da Igreja com a ditadura argentina estão entre os dez livros publicados no 30.º aniversário do golpe militar de 24 de março de 1976. La Rebelión de las Madres (A Rebelião das Mães), do jornalista Ulises Gorini, é o primeiro volume da história da organização, abrangendo o período de 1976 a 1983, com a volta da democracia. Gorini antecipou à ANSA que o segundo volume da história das Mães da Praça de Maio será lançado em 30 de abril de 2007, quando se completam 30 anos da fundação da organização de direitos humanos que liderou a busca de seus filhos desaparecidos. O autor é professor da História das Mães na Universidade Popular Mães da Praça de Maio. Também em homenagem ao aniversário do golpe militar foi lançado Memorias del Apagón (Memórias do Apagão), sobre o seqüestro e desaparecimento de dezenas de trabalhadores do Engenho Ledesma, na província nortista de Jujuy, a 1.600 quilômetros de Buenos Aires, cometido por forças do Exército em cumplicidade com a própria empresa. A biografia de Videla, intitulada El Dictador (O Ditador), de Vicente Muleiro e Maria Seoane, também foi reeditada e será lançada no Colégio Nacional de Buenos Aires quarta-feira. Iglesia y Dictadura (Igreja e Ditadura), uma obra clássica editada pela primeira vez em 1986 e que agora reaparece nas livrarias, foi escrita por Emilio Mignone, um católico militante que, durante a ditadura, procurou em vão sua filha Mónica, desaparecida. Vivir a Oscuras (Viver às Escuras), da jornalista Mariana Caviglia, nascida em 1976, ano do golpe, reproduz os testemunhos daqueles que viveram sob a ditadura, evitando os militantes de organizações guerrilheiras e os repressores, para expressar o ponto de vista do resto da sociedade.

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