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Palco, plateia e coxia

ArCênico: Novo TBC tem projeto na gaveta

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Por João Wady Cury
Atualização:

O Teatro Brasileiro de Comédia (TBC) pode até seguir o caminho da privatização, como quer o novo ministro da Cultura, mas é bom que se saiba. O governo federal, leia-se Funarte, investiu quase R$ 20 milhões na compra e reforma do prédio e já tem projeto arquitetônico pronto para ser executado. Basta tirá-lo da gaveta. A criação é do arquiteto Alexandre Liba, da Urdi Arquitetura, e recupera totalmente a edificação, inclusive com aprovação dos órgãos de defesa do patrimônio histórico, pois é tombado. Quer mais? Confira: www.urdi.com.br.

Vista da rua. Fachada refeito Foto: Urdi Arquitetos/Ilustração 3D

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MINISTRO CAMPARI Na discussão sobre a privatização do TBC nem a memória dos mortos tem sido respeitada. A vítima, desta vez, foi o empresário italiano Franco Zampari (1898-1966), fundador e administrador do histórico teatrão. O nome de Zampari foi parar em uma b0ca errada semana passada. Durante entrevista a um programa de rádio em São Paulo, o ministro da Cultura, Sá Leitão, referiu-se ao fundador do TBC como Franco “Campari”. Poderia ser um equívoco, claro, tantos nomes a guardar naquela cachola que o vivente acaba, pobrezinho, se atropelando. Mas, não. Leitão, além de não corrigir o erro, repetiu a dose. Duas doses de Franco Campari na cabeça em tão pouco tempo de conversa. 

A VIDA EM UM MINUTO Este fim de semana prolongado tem bons desafios ao humor do espectador em São Paulo. Um deles é o Festival de Peças de Um Minuto, que será apresentado no Espaço Parlapatões de hoje a domingo. São 61 nanopeças: 30 textos uruguaios, 26 brasileiros e 5 portugueses. Tudo o que pode ser dito por artistas em um minuto sobre um palco. Parece divertido. A direção-geral é do parlapatão Hugo Possolo.

FERIADO NO SOFÁ Ok, ok, não quer sair de casa, mas prefere continuar abraçado ao mundo do teatro, essa coisa que ao mesmo tempo nos consome e alivia a alma. Compreensível. Mergulhe nos livros. Melhor, em dois deles que estão chegando às bancadas e valem o show. O primeiro é Macksen Luiz Et Al II, segundo título da Coleção Críticas, que chega com uma seleção de textos publicados pelo crítico entre 1982 e 2010. Pelo olhar de Macksen é possível relembrar grandes espetáculos do teatro carioca e brasileiro daqueles anos sempre com um texto cuidadoso. E tem mais. Um dos templos do teatro paulistano, o Anchieta, é o tema do livro Teatro Anchieta: Um Ícone Paulistano. A obra, organizada por Alexandre Mate, refaz o caminho do teatro desde o início da construção no Sesc Consolação, os grandes artistas que pisaram no seu palco, as primeiras peças encenadas, a criação do Centro de Pesquisa Teatral até as encenações nos dias de hoje. Ambos pelas Edições Sesc.

3 PERGUNTAS PARA - Johana Albuquerque Fora do palco há 15 anos

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Johana Albuquerque Foto: Regina Grammont

1. Por que teatro? É a experiência mais primitiva e prazerosa do encontro entre os homens.

2. Como gostaria de morrer em cena? Como Cacilda: mítica!

3. Com qual personagem se parece? Com Winnie, de Dias Felizes. Mesmo quase soterrada, estou sempre pronta a encontrar uma piada que me faça sorrir.

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