
30 de julho de 2010 | 00h00
Eu estava muito nervoso de ter que entrar depois de todo o drama que aconteceu com o Sérgio Ricardo. Eu achei um erro ele ter mudado o arranjo. Ele apresentou a música antes e não foi bem aceita. Quando o Blota Júnior anunciou, o Sérgio já entrou no palco debaixo de vaias.
E o que você conversava com a Marília Medalha no camarim?
Eu disse pra ela: ou a gente arrebenta ou se dá mal. Aquilo parecia uma corrida de cavalo e nós éramos os cavalos. Você entrava para ser julgado. As pessoas paravam na rua para cobrar e dizer que apoiavam ou não a música.
Por que aquela noite ficou tão marcada na música nacional?
O jeito que as coisas foram colocadas pela imprensa tornaram o festival muito chamativo. Falavam do tropicalismo, das guitarras elétricas, do Gil, do Caetano, como se eles fossem os novos. E de mim e do Chico como se a gente fosse os velhos. Uma besteira, eu adoro Domingo no Parque. O Caetano tem muitas músicas melhores que Alegria, Alegria, mas era o momento. Ponteio foi superexposta, mas vou cantá-la até morrer em shows. Um festival como aquele não faria mais sentido hoje.
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