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'Aqueles dois' projetou o grupo

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Por Redação
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É a primeira vez que a cia. Luna Lunera faz uma estreia nacional fora de Belo Horizonte, sede do grupo. O percurso de Prazer começa em São Paulo. Continua em 2013 no Rio de Janeiro e em Brasília. A inversão, porém, é só na ordem. Isso porque o grupo mineiro, que completou mais de uma década, tornou-se nacionalmente conhecido em 2007, quando criou o espetáculo Aqueles Dois. Antes, já haviam encenado Perdoa-me por me Traíres, com texto de Nelson Rodrigues, Nesta Data Querida, dirigida por Rita Clemente, e Não Desperdice Sua Única Vida Ou... , sob direção de Cida Falabella. Adaptação do conto homônimo de Caio Fernando Abreu, Aqueles Dois arrebatou o Festival de Teatro de Curitiba de 2008. Ganhou temporadas nas principais capitais do País. Foi indicada ao Prêmio Shell de melhor direção, melhor cenário e melhor iluminação. E, ainda hoje, segue em cartaz. "Curioso é que o espetáculo acabou nascendo de uma limitação nossa naquele momento. Sem dinheiro, não tínhamos como convidar um diretor. Por isso resolvemos assumir a tarefa", conta o ator Odilon Esteves. Pela proposta inicial do grupo, cada ator teria uma semana para desenvolver seu projeto de direção. Ao final das quatro semanas, um único diretor seria escolhido. Mas não aconteceu a eleição de um encenador único. Tudo passou a ser compartilhado: dramaturgia, cenografia, figurino. Para se guiar nesse processo de criação coletiva, o grupo também inaugurou um procedimento que o acompanha ainda hoje. Mesmo antes de estabelecer um texto ou uma sistemática de criação, a Luna Lunera instaura o Observatório de Criação. Trata-se de uma maneira de chamar o público a participar, a ver a obra antes que esteja acabada e a dar-lhe, em certa medida, a possibilidade de coautoria no processo de criação. / M.E.M.

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