Após retração, Feira de Frankfurt volta a crescer

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Por Agencia Estado
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A 55ª Feira do Livro de Frankfurt terminou na segunda-feira com seu principal objetivo alcançado: aumentar o número de editoras participantes e de público presente. Os organizadores divulgaram que 288.887 pessoas visitaram a feira nos seis dias de evento, o que representa um aumento de 8,7% em relação à edição de 2002. O número de expositores presentes à feira neste ano também subiu: 6.600 editoras de 104 países, aumento de 4% sobre o ano passado. Em 55 anos, a Feira de Frankfurt nunca deixou de ser o maior evento de negócios do mundo do livro, mas o desaquecimento econômico mundial e as atenções dispensadas ao terrorismo diminuíram a importância das últimas edições. Tanto é assim que os organizadores já bolaram formas de garantir novo crescimento da feira no ano que vem. As editoras que reservarem seus estandes para a 56ª edição ainda este ano terão descontos. Em 2004, o mundo Árabe é o convidado especial da feira. Como todos os anos, um país é homenageado (este ano foi a vez da Rússia). Pelo menos neste sentido, a Feira do Livro de Frankfurt de 2004 promete mesmo ser um sucesso. Destaques - Entre os fatos que se destacaram nesta edição da Feira de Frankfurt, certamente está a escolha da escritora americana Susan Sontag para receber o Prêmio da Paz, da Associação dos Livreiros Alemães. Crítica da política internacional dos Estados Unidos, ela não deixou passar em branco a ausência deliberada do embaixador de seu país na premiação. E por isso foi ainda mais aplaudida. Além disso, no rol das curiosidades estão o recorde de Paulo Coelho e o interesse por uma auto-biografia de Woody Allen que ainda não existe. O autor brasileiro que hoje é o mais lido no exterior obteve um recorde mundial ao autografar exemplares de 51 edições em idiomas diferentes de seu romance O Alquimista. Já o cineasta americano provocou alvoroço porque agentes literários sondaram, em seu nome, editoras européias para saber se teriam interesse em publicar uma auto-biografia sua. Elas têm, e uma delas, a inglesa HarperCollins, chegou a fazer uma proposta. O valor, segundo se comentou na imprensa local, seria de US$ 2,5 milhões, mas depois a editora negou. O problema é que Allen sequer começou a escrever o livro. Mas já sabe que, se o fizer, tem tudo para virar sensação.

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