Após 20 anos, Rambo volta aos cinemas do País

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Por AE
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Foram 20 anos em abstinência de armas e sangue. Neste período, Rambo perdeu seu maior inimigo, a União Soviética. Mas não demorou para surgirem candidatos à altura: Saddam Hussein (Iraque), Kim Jong II (Coréia do Norte) e Osama Bin Laden (Afeganistão). O herói do Tio Sam, no entanto, resolveu eleger um vilão mais global e menos norte-americano em seu novo filme, Rambo IV, que estréia hoje nos cinemas. Desta vez, o fortão combate o exército da Birmânia, que há 60 anos tortura, assassina e mutila camponeses, no que as Nações Unidas já chamaram de o mais lento genocídio da história. Uma geração inteira ficou sem ver os filmes de Sylvester Stallone. O impacto desta nova produção para ela pode ser menor, mas quem cresceu assistindo a Rambo nos anos 1980 que se prepare: os vietcongues malvados daquela época parecerão ladrões de galinha perto do que os tais birmaneses fazem neste novo filme. A matança é generalizada, mas as cenas de ação são eletrizantes, justificando a presença de nada menos do que 11 produtores executivos, encarregados de ressuscitar o fortão e ajudar Stallone na estréia da direção do personagem, criado por David Morrell. Rambo IV custou US$ 50 milhões, mas ainda não passou dos US$ 45 milhões nos Estados Unidos desde que estreou, no final de janeiro. Stallone decidiu filmar o mais próximo possível da região de conflito, na cidade tailandesa de Chiang Mai, perto da Birmânia. Contratou figurantes do exército birmanês e atores daquele país, além de pessoas mutiladas da tribo Karen, a que combate o exército. O resultado foi uma produção com 500 pessoas envolvidas, falando cinco línguas diferentes, enfrentando as vias lamacentas, chuvas torrenciais, calor intenso e umidade sufocante do norte da Tailândia durante meses. As informações são do Jornal da Tarde Rambo IV (2008, EUA/91 min.). Dir. Sylvester Stallone. Roteiro baseado em personagem de David Morrell. Com Sylvester Stallone e Julie Benz. Estréia hoje.

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