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Antropólogos lançam "Sexta Feira"

O quinto número da revista, que tem o tempo como tema, reúne textos de especialistas como Liliz Moritz Schwarcz, Peter Pál Pelbart e Franklin Leopoldo e Silva, além de entrevistas com cineastas, antologia de poemas, fotos

Por Agencia Estado
Atualização:

Tempo é o tema em torno do qual os antropólogos da USP se debruçaram para produzir o quinto número da revista Sexta Feira - Antropologia, Artes e Humanidades, fundada em 1997, que será lançada neste sábado na Pinacoteca do Estado, com textos de especialistas de diversas áreas e uma acurada antologia de poemas. A revista tem artigos do filósofo Franklin Leopoldo e Silva, da antropóloga Lilia Moritz Schwarcz e entrevistas com o cineasta Sérgio Bianchi., diretor de Cronicamente Inviável. A idéia é essa, de alimentar o diálogo com as áreas que têm afinidade com a antropologia, tendo o tempo como tema. E ainda, como definem os editores, "apesar de a antropologia ser reconhecida até alguns anos atrás como "ciência das sociedades primitivas", ela mostrou-se capaz, nas últimas décadas, de lidar criativamente com problemas urbanos e demais questões relacionadas à modernidade". O filósofo Franklin Leopoldo e Silva, por exemplo, escreve o artigo Tempo: Realidade e Símbolo, partindo da indagação de Santo Agostinho - "(...)o que é o tempo? Se ninguém me pergunta, eu sei; porém se quero explicá-lo a quem me pergunta, então não sei". A partir daí ele remete ao tempo desde Platão e Aristóteles e chega ao questionamento bergsoniano a respeito da natureza da linguagem e dos embates entre pensamento objetivo e subjetivo. Durante o lançamento da revista, haverá apresentação do quinteto Concertatum de música barroca e leitura dos poemas que compõem a antologia poética organizada pelo poeta e jornalista Heitor Ferraz, com trabalhos inéditos como o de Fábio Weintraub, "cults" como os de Cacaso, Chacal, José Paulo Paes, Orides Fontela ou os de poetas consagrados como Carlos Drummond de Andrade e João Cabral de Mello Neto. A revista contém ainda pontos de vista sobre os 500 anos do descobrimento do Brasil, com entrevistas com personalidades díspares como o antropólogo português José Antonio Braga Dias Fernandes e o ativista indígena Daniel Munduruku. Os textos dessa edição são separados por fotos de Rosângela Rennó, Vik Muniz e Rochelle Costi, selecionadas por Eduardo Brandão. Sexta Feira - Antropologia, Artes e Humanidades - (Editora Hedra, 208 págs, R$ 22,00 no lançamento e R$ 25,00 nas livrarias). Lançamento sábado, a partir das 15h30, na Pinacoteca do Estado (Pça. da Luz, 2, Luz, tel.: 229-9844)

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